Festival Literário das Periferias dá continuidade às atividades nos espaços culturais e escolas municipais das comunidades do Recife
O Festival Literário das
Periferias (Fliperifa) segue com a sua programação neste sábado (25 de maio),
na Livroteca Brincante do Pina, a partir das 10h. A edição de estreia, que está
sendo realizada gratuitamente em espaços culturais e escolas municipais nas
comunidades do Recife, tem como tema “O Direito à Literatura”, em homenagem às
escritoras nordestinas Inaldete Pinheiro, do Rio Grande do Norte, e Odailta
Alves, de Pernambuco, ambas mulheres periféricas que atuam na literatura
brasileira. Já o encontro que conclui as atividades ocorre no dia 1º de junho,
na Associação da Tancredo Neves, no bairro do Ibura, às 10h. Confira o
perfil (@fliperifape - bit.ly/3JUQN8t).
Além de um espaço pensado exclusivamente para crianças, a Fliperifa possui
acessibilidade comunicacional, com intérprete de libras nos encontros
artísticos. Para participar das oficinas do festival é necessário fazer a
inscrição (inscreva-se - bit.ly/4btyy5Z), com direito a emissão de certificado. 30%
das vagas são destinadas às pessoas que movimentam diariamente a área da
educação pública. Também é possível, via formulário de inscrição **(bit.ly/3QCMClJ)**, a
participação como expositor e expositora. A exposição, venda ou troca de livros
fica sob responsabilidade da própria pessoa. Vale destacar que as atividades
são iniciadas às 10h e retornam às 14h, sempre aos sábados.
Neste sábado (25,) a Livroteca Brincante do Pina recebe o segundo encontro do projeto. No período da manhã tem a roda de conversa “Escrevivências na cidade do Recife”, trazendo Karinne Costa como convidada e o convidado Marcondes FH, além da mediação de Amanda Timóteo. A movimentação segue à tarde com a oficina “Conhecendo a Literatura Marginal Contemporânea”, que é mediada por Patricia Naia, e o Slam - Recital Já Pá Rua, respectivamente.
Fliperifa é um projeto de arte e educação idealizado pela pedagoga, arte-educadora e produtora cultural Palas Camila e aprovado no edital Multilinguagens Recife Criativo, da Lei Paulo Gustavo (LPG) do Recife - Secretaria de Cultura/Fundação de Cultura da Cidade do Recife.
A poeta, cantora e compositora pernambucana Bell Puã fez a curadoria literária do festival. Ela é cria do movimento Slam das Minas PE
A programação tem atividades como rodas de diálogo e formações em espaços arte-educativos, intervenções da “Malateca” em três escolas municipais, uma em cada bairro contemplado pelo projeto, e recitais de poesia. A Malateca consiste em uma biblioteca viva e itinerante, transportada em malas de viagem. Foi criada em 2018 pela pedagoga, arte-educadora e mediadora de leitura Magda Alves. As intervenções são marcadas por trocas e distribuição de livros, varal de poesias, recital poético e contação de histórias.
Os encontros sempre serão coroados com Slam (recital de poesia), evidenciando a tradição oral como ponto importante dentro das comunidades. As ações dispõem de uma produtora atitudinal e de uma intérprete de libras.
Já o Recital Já Pá Rua é uma homenagem a Japa, poeta das ruas recifenses que teve sua vida interrompida precocemente. Andreyvson Richard da Silva foi um artista marginal que fazia das ruas, praças e coletivos o seu palco diário, recitando e espalhando arte pelo centro da cidade. O Já Pá Rua também é idealizado pelo poeta e multiartista Sofio.
O mês de junho, dia 1, começa na Associação da Tancredo Neves, no Ibura, onde o Festival Literário das Periferias faz a sua culminância com a roda de conversa “Caneta de Mulher Escrita é Sobrevivência” (convidada: Priscila Ferraz; convidado: Elke Falkonier; mediador: Marcone Ribeiro), pela manhã, a oficina “Rima - Entre a Escrita e o Freestyle” (mediação: Original Lety) e o Slam - Recital Já Pá Rua, respectivamente, à tarde.
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