Clementina Duarte ganha livro em sua homenagem
Clementina Duarte - Foto Tico Fonseca |
A Cepe Editora, em nome do governo de
Pernambuco, presta homenagem à artista com lançamento do livro Clementina
Duarte: 50 anos de Arte e Design, dia 6 de dezembro, no Museu do Estado (Mepe)
Grande nome
do design de joias brasileiro, Clementina Duarte é conhecida e reconhecida no
mundo inteiro por suas criações inovadoras produzidas há cinco décadas.
Em homenagem ao trabalho da pernambucana radicada em São Paulo, a Cepe
lança o livro-catálogo Clementina Duarte: 50 anos de Arte e Design, dia
6 de dezembro, às 19h, no Museu do Estado, nas Graças.
Com 344
páginas, a obra bilíngue traz mais de 200 fotografias das preciosas, premiadas
e famosas criações de Clementina, expostas no mundo inteiro, encomendadas e
usadas por anônimas, princesas e rainhas. Já criou joias de casamento da
Princesa de Abu-Dhabi; para a então primeira-dama da França, Danielle
Miterrand; para a Rainha Elizabeth II; para a primeira-dama da Rússia Lyudmilla
Putin; e para a senadora Hillary Clinton. Mas a maioria das clientes da
designer são suas conterrâneas.
Por isso a
turnê brasileira de lançamento do livro começa no Recife, com direito a
exposição de fotos das joias, sob curadoria da crítica de arte paulistana Ana
Cristina Carvalho, que também escreve no livro, ressaltando a incessante busca
de Clementina pela pesquisa de técnicas e materiais e pelo apuro e rigor do
design. “Essa produção internacional e atemporal expressa a elegância e a
tradição da ideia de beleza clássica do seu requintado trabalho e procura
responder aos desejos e sonhos das princesas e rainhas do imaginário das
mulheres do mundo”, define Ana Cristina.
O livro
também traz bibliografia, cronologia e textos selecionados pelo marido de
Clementina, Nelson dos Anjos, escritos por especialistas e escritores como
Gilberto Freyre, a jornalista americana Cynthia Unninayar, editora-chefe da
publicação americana International Jeweler Magazine, e dos arquitetos Oscar
Niemeyer e Charlotte Perriand - criadora do mobiliário de Le Corbusier. Esses
dois últimos inspiraram e incentivaram Clementina a se tornar designer de joias
e a se inspirar no Modernismo quando ainda era estudante de Arquitetura,
profissão que deixou de lado para se dedicar à joalheria.
Anel ouro branco, diamantes e rubelita - Foto: Almir Pastore |
Nascida no
Recife em 1941, já desenhou mais de seis mil joias, sendo a maioria delas
exclusivas. Graduada e pós-graduada em Arquitetura, Clementina descobriu o
Barroco nas igrejas e o Modernismo em Brasília. “Em 1966, viajei para a
França com uma bolsa de estudo do Governo Francês, para estagiar nas cadeiras
de Estética, História da Arquitetura Medieval e Design. Este foi o curso mais
importante para minha formação”, confessa a designer, que também se inspira na
cultura francesa e na exuberante natureza brasileira
E assim
brincos, colares, aneis, broches, pulseiras e até joias de vestir têm adquirido
formas ora ousadas, ora delicadas, feitas com fios de ouro, prata, diamantes,
turquesas, ouro branco, amarelo, rubis, topázio, pérolas, tanzanita, rubelita e
morganita. Em 1967, o estilista Pierre Cardin já tinha caído de amores pelas
obras de Clementina e, pela primeira vez, a joia moderna se aliava à moda.
Serviço:
Lançamento
do livro Clementina Duarte: 50 anos de Arte e Design
Quinta-feira
(6), às 19h
Museu do
Estado, nas Graças
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