35 anos da Fundação de Cultura Cidade do Recife

Por: Anax Botelho

Este mês a Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), responsável por inúmeras atividades culturais, entre elas, os ciclos comemorativos (Carnaval, São João, Natal etc.), a publicação desta Agenda Cultural, entre outras iniciativas, completa 35 anos de história e dedicação à vida cultural do Recife. Fundada através da Lei n. 13.535, de 23 de abril de 1979, a Fundação de Cultura, vinculada à Secretaria de Cultura da Prefeitura do Recife, tem como principais objetivos exercer, desenvolver e incentivar a política cultural do Recife, bem como fortalecer o sentimento de cidadania e preservar o patrimônio cultural.

Marcelo Varela. Foto: Anax Botelho
A história da Fundação de Cultura relaciona-se com as histórias das pessoas e da Cidade. Atividade profissional e cultura dividem espaço com projetos de vida, amadurecimento profissional e vivências intelectuais e culturais. “A FCCR chegou na hora certa, no momento certo. O movimento cultural da Cidade estava parado, não tinha mais Carnaval, São João e Natal com movimentação popular. Em 1979, o Recife começou a ganhar um novo prumo – a valorização do artista popular, do artista erudito, clássico, tudo isso fez com que a Cidade começasse a respirar novamente”, relata o Assessor Técnico Marcelo Varela há 35 anos na Fundação. Buscando contemplar todas as artes produzidas no Recife, a FCCR participou de uma mudança na vida da Cidade. “O Recife passou a ter um Carnaval com participação, a ter um movimento cultural mais intenso, os espaços foram divinamente ocupados – como o Pátio de São Pedro e a Praça de Boa Viagem”, diz Marcelo.

Maria das Graças. Foto: Roberta Menezes
Para produzir seu trabalho na vida cultural da Capital Pernambucana, a Fundação de Cultura tem como personagens seus funcionários, que com o passar dos anos se tornaram fundamentais na história da instituição. “Eu aprendi a trabalhar na FCCR. Entrei com 17 anos de idade, e estou com 52. Foi meu primeiro emprego e estou até hoje”, relata a Assistente Administrativa Maria das Graças Xavier, funcionária desde a criação.




Sued Silva. Foto: Roberta Menezes
“Aquele cidadão que se esbalda na Semana Pré-Carnavalesca e voa nas asas do Galo nos quatro dias de Carnaval (ô coisa boa!), que gosta de apreciar e, mais ainda, de ouvir o batuque que faz vibrar a alma quando o maracatu passa na avenida ou, se preferir, o suave estalido da cantiga marcante do arco e flecha dos caboclinhos, que brinca no boi e na la ursa, não imagina o batalhão de profissionais e das muitas horas de trabalho que demandam a produção de um evento que precisa ser um espetáculo!”, afirma Norma Baracho, funcionária desde 1979, atualmente na Gerência de Literatura e Editoração. Para Sued Silva, atualmente no setor de Serviço do Patrimônio, funcionário desde a fundação da instituição, o que mais o marcou nos 35 anos foi a evolução da cultura. “A evolução do Carnaval, do São João, dos trabalhos aos quais a FCCR tem se dedicado... A maior experiência é ver a evolução da produção que a Fundação tem empreendido em todos os eventos”, finaliza.

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