Recife tem um São João arretado!

Festa é sinônimo de comemoração e entre o sagrado e profano, o Ciclo Junino, no Brasil, notadamente no nordeste brasileiro, se tornou uma das manifestações mais populares que traz as marcas do sincretismo religioso cristão e dos cultos antigos – de natureza agrária – que remontam aos romanos com sua mitologia politeísta.

Ao lado das fogueiras, símbolo maior e tradicional da festa, encontramos diversos elementos que reforçam o paralelo existente entre o profano e o sagrado no período junino, seja através dos fogos de artifícios, dos cultos aos três santos católicos (Santo Antônio, São João e São Pedro), como a procissão do Acorda Povo ou nas tradições dos negros vindos da África, em suas louvações a Xangô – senhor dos Raios e Trovões. E ainda na culinária, vinculada ao início da colheita do milho, na tradição dos bacamarteiros e, finalmente, nas danças como o coco, a ciranda, o xaxado e a quadrilha, pontuadas por uma musicalidade oriunda das culturas portuguesas, indígena e negra.

Recife faz um São João Arretado! Para esquentar ainda mais a festa a cidade conta com a participação efetiva dos nossos artistas, fazendo do forró, do xote e do baião, a nossa partitura musical movida pelo contágio da alegria que envolve-nos durante todo o mês de junho. E mais ainda, a Prefeitura do Recife junta duas paixões do nosso povo: futebol e São João, tanto que durante a Copa das Confederações, oito arraiais serão também espaços públicos para a Torcida Recife nas partidas realizadas na Arena Pernambuco e dos jogos da seleção brasileira.

Manoel Constantino
Editor


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