LONGA “FIM DE SEMANA NO PARAÍSO SELVAGEM” ESTREIA EM CIRCUITO NACIONAL
Segundo filme do pernambucano Severino (Pedro Severien) estreia em salas no Brasil dia 07 de dezembro. No Recife, destaque para show ao vivo do pianista Amaro Freitas, que assina a música original
Após a pré-estreia positiva na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em outubro de 2022, o longa Fim de semana no Paraíso Selvagem, do diretor pernambucano Severino (nome artístico de Pedro Severien), chega às salas de cinema na quinta-feira, 07 de dezembro. O lançamento no Recife contará com uma sessão especial: será exibido com execução da trilha sonora ao vivo pelo pianista Amaro Freitas, no Teatro do Parque.
O longa foi concebido a partir de elementos da memória afetiva do diretor, vividos na praia de Tamandaré, em conjunto com aspectos da realidade social do litoral e zona da mata sul de Pernambuco. Filmado nos municípios de Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Sirinhaém e Tamandaré, Fim de semana no paraíso selvagem se passa na cidade de Paraíso, uma montagem cinemática dessas quatro cidades. A obra conta a história de Rejane (Ana Flávia Cavalcanti), que chega a um território de disputas desleais para tentar entender o que aconteceu com seu irmão, um exímio mergulhador encontrado morto em um mar cercado de sombras por todos os lados. Rejane hoje observa com estranheza esse então lugar paradisíaco onde nasceu, que deixou há décadas, expulsa por uma violência extrema. Paraíso agora é um território expandido, controlado por um grupo de privilegiados da classe dominante, tomado por um complexo industrial-portuário e especulação imobiliária.
Fim de semana no paraíso selvagem convida a uma reflexão em torno de questões sociais, de jogos de poder e de classes, se desenhando, segundo o diretor, como um filme neo-noir social, cuja narrativa é toda permeada por tensão, farsa e mistério. “Para transparecer essas forças de violência e opressão, eu quis usar uma certa noção de memória, uma memória coletiva. A investigação que Rejane faz sobre a morte do irmão, Rodrigo, é aparentemente externa, buscando evidências sobre os últimos acontecimentos da vida dele, mas vai caminhando para uma investigação dos vestígios mais afetivos e emocionais. Por fim, o mergulho é interior, para dentro de si mesma, para encarar um trauma do passado”, explica Severino.
O filme teve sua première na competição Novos Diretores da 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo ano passado e foi recebido com aceno positivo da crítica e do público. Entre as dezenas de Festivais de cinema dos quais participou, foi premiado no Fest Aruanda, no Festival Guarnicê e no Festival de Cinema de Triunfo, arrematando, em quase todos, os prêmios de Melhor filme, Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor roteiro, melhor direção, Melhor direção de arte, Melhor Música Original, Melhor Atriz Principal. Em um ano, o longa somou 16 premiações. O filme conta com atores em ascensão e de destaque nacional, como Ana Flávia Cavalcanti (Sob Pressão), Enio Cavalcante (Cangaço Novo), Pedro Wagner (A Irmandade) e Zezé Motta. No papel de Rejane, Ana Flávia venceu três prêmios como melhor atriz principal. “Há também uma diversidade de estéticas de atuação dentro do filme, o que reforça essa noção de uma narrativa coral, vozes dissonantes que expressam os embates políticos nas dimensões de classe, gênero e racialidade”, diz Pedro sobre o elenco selecionado. A produção conta ainda com a Direção de Fotografia de Beto Martins, já premiado diversas vezes nos principais festivais nacionais, como Brasília, e parceiro criativo de Severino em diversos projetos; além de Cíntia Lima, na Direção de arte, uma das mais talentosas profissionais emergentes de Pernambuco. E, obviamente, é importante destacar a música original de Amaro Freitas, um dos maiores instrumentistas do país, que assina sua primeira trilha para o cinema, levando o prêmio de Melhor Música Original nos festivais Guarnicê e de Triunfo.
Na sessão de estreia no Recife, o pianista virtuoso fará a execução da trilha sonora ao vivo. Com distribuição da Inquieta Cine e produção executiva de Mariana Jacob, Fim de semana no paraíso selvagem tem patrocínio do Fundo de Incentivo à Cultura do Estado de Pernambuco (Funcultura) e do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) do Governo Federal. A produção é da Orquestra em coprodução com a Inquieta Cine.
SINOPSE
Entre a margem de uma praia marcada por coqueiros tropicais e a margem oposta cravada de usinas e cargueiros, há um território de disputas desleais entre tubarões e peixes pequenos. É nele que Rejane chega para tentar entender o que aconteceu com seu irmão, um exímio mergulhador encontrado morto em um mar cercado de sombras por todos os lados.
FICHA TÉCNICA
FIM DE SEMANA NO PARAÍSO SELVAGEM (Brasil/PE, 108’, 2022 – 14 anos)
Direção: Severino. Produção: Mariana Jacob, Severino. Produção executiva: Fernanda Cordel, Mariana Jacob. Roteiro: Juliana Soares, Luiz Otávio Pereira, Maria Cardozo, Severino, Yuri Lins. Direção de Fotografia: Beto Martins. Direção de Arte: Cíntia Lima. Figurino: Andrea Monteiro, Babi Jácome. Montagem: Joana Collier. Música original: Amaro Freitas. Som direto: Guma Farias, Pedrinho Moreira, Rafael Travassos. Desenho de Som: Nicolau Domingues, A3pS e Rafael Travassos. Mixagem: Nicolau Domingues, A3pS. Imprensa: Noticittà Assessoria| Leticia Pontes .
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