LIVRO RESGATA AS SORVETERIAS ANTIGAS PERNAMBUCANAS
Balconista e a caixa Irene Telles no balcão d´A Botijinha da praça da Independência. Recife, anos 1940s (acervo de Flávio Amaral)
No início
dos anos 1900s, as confeitarias e lanchonetes do Recife e região, até então
frequentadas exclusivamente por homens de negócios, começaram a oferecer sorvete
em seus menus. Com isso, esses espaços passaram a ser utilizados também por famílias
inteiras para formaturas, homenagens, recepções e aniversários. Foi assim que surgiram
as primeiras sorveterias pernambucanas.
A Praça
Joaquim Nabuco era um dos endereços mais disputados para as sorveterias do
Recife instalarem-se, pois ficava em pleno comércio central, perto de paradas
de bonde, na passagem da estudantada dos colégios da área e defronte ao Teatro
Moderno (depois, “Cine Moderno”). Esse teatro, em 1928, mantinha a SORVETERIA
MODERNA revendendo os sorvetes da SORVETERIA BOA VISTA da Praça Maciel
Pinheiro. Era vizinho da SORVETERIA JAPONESA (1932), a primeira de Heiji Gemba,
e da antiga SORVETERIA POLAR (1936). Já na Praça Maciel Pinheiro, bairro da Boa
Vista, funcionaram a SORVETERIA AMORIM, a SORVETERIA BOA VISTA (1927) e a
SORVETERIA AMERICANA (1937). E, na Praça do Carmo, em Olinda, a SORVETERIA
BEIRA MAR, a SORVETERIA ITÁLIA, a SORVETERIA FLÓRIDA (anos 1940s) e uma filial
da SORVETERIA ETNA (1914).
Algumas
sorveterias enriqueciam a experiência gastronômica da freguesia com exposições
rotativas de quadros, fotografias e esculturas, lançamentos de livros e música
ao vivo enquanto todos tomavam sorvete. A Polar disponibilizava um enorme
primeiro andar para eventos estudantis, de times de futebol inteiros e de intelectuais.
Dessa forma, pegavam carona na divulgação na imprensa local dos eventos
culturais, associando sua imagem à cultura. Algumas forneciam, ainda, para
ambulantes, com caixas e latas carregadas sobre na cabeça ou empurrando carrocinhas
refrigeradas para levarem os sorvetes e picolés pernambucanos até as praias,
portas de cinemas e escolas, parques públicos, estádios de futebol e festas
populares.
Contudo,
a partir do final dos anos 1960s, as sorveterias do Recife e região receberam um
forte impacto com a instalação das grandes indústrias de sorvete; que as assediavam
com tentadoras propostas para compra de suas firmas ou produtos mais
conhecidos. Isso aconteceu com a SORVETES XAXÁ, a SORVETES D´AQUI, a SORVETES
FRI SABOR e a TIO BETO SORVETES, entre outras. Embora, normalmente por apego ao
negócio, a maioria tenha resistido bravamente às tentações financeiras, mesmo
às vezes arrependendo-se depois.
Homenageando
o sorvete pernambucano, o escritor Gustavo Arruda está lançando o livro “No
Tempo das Sorveterias”, resgatando dezenas de sorveterias antigas do Recife e
região inauguradas entre 1800 a 1999. Foram quatro anos em uma pesquisa inédita
nas histórias, curiosidades e fotos raras da Gemba, Botijinha, Sertã, Dudi, Fri
Sabor, Pérola, Pinguim, Estoril, Tio Beto, Bacana, Zeca´s, John´s, Vem Ká,
D´aqui, Xaxá, Xinxa, Glacier, Maguary, Kibon, Gut-gut, Amorito, Milet e muitas outras.
Algumas ainda em atividade. O prefácio é do professor Luiz Maranhão Filho.
Serviço
Vendas do livro: loja.uiclap.com
Contatos com o autor: gtarrudaj@gmail.com
O AUTOR
Gustavo José Alves da Silva
Arruda é pernambucano do Recife, nascido em 1966 e colecionador de fotos
antigas da sua cidade. Ex-aluno salesiano (1973-1983), com formação superior em
Administração, pela UFPE (1988); e MBA em Gestão de Marketing e Comunicação
Integrada, pelo Centro Universitário Barão de Mauá - CBM (2013).
Em 1998, lançou os dois primeiros
livros, O BÊ-A-BÁ DO BEM VIVER (autoajuda) e IRONAIS DO DESTINO (contos), pela
Editora Universalista (Londrina/PR).
Em 2006, foi a vez de RI MELHOR
QUEM MENTE PRIMEIRO (autobiografia humorística), pela Editora Livro Rápido
(Olinda/PE).
Em 2008, lançou DEU COM A PLEURA!
(crônicas nordestinas), pela Zit Editora (Rio de Janeiro/RJ). Adaptado para o
teatro pela Cia Falaz (Recife/PE) e gravado em áudio-livro pelo Prof. João
Chamadoira (UNESP/SP) para a Biblioteca Falada da Escola para Cegos do Lar
Santa Luzia (Bauru/SP).
Em 2015, editou A HISTÓRIA DA
FRATELLI VITA NO RECIFE (história empresarial), pela PerSe Editora (São
Paulo/SP).
Em 2017, lançou NO TEMPO DA
FRATELLI VITA (história empresarial), pelo Centro de Estudos de História
Municipal - CEHM, da CONDEPE/FIDEM (Recife/PE).
E, em 2022, NO TEMPO DAS
SORVETERIAS (história regional), com curiosidades e fotos raras de dezenas de
sorveterias antigas do Recife e região, pela Uiclap Editora (São Paulo/SP)
Esse livro deve ser exelente, tem a sorveteri d'aqui, do Pina.
ResponderExcluirAlguém se lembra da sorveteria sorveteria Sutã em Jaboatão centro
ResponderExcluirComo adquirir o livro sobre as sorveteira assim como os outros publicados
ResponderExcluir