Livro registra resgate histórico da restauração do Teatro do Parque
Foto Andrea Rego Barros
Neste mês de dezembro os recifenses e
o Recife receberam um grande presente de fim de ano: a reabertura do Teatro do
Parque, depois da maior obra de reforma e restauro já realizada no equipamento,
fundado em 1915. Para marcar este momento tão importante da história, cultura e
memória dos recifenses, o prefeito Geraldo Julio fez, na tarde de ontem, segunda-feira
(28), em seu gabinete, o lançamento simbólico do livro “Teatro do Parque -
Reforma e restauro da história e dos afetos do Recife”, de Silvia Bessa.
Na ocasião, o prefeito Geraldo Julio
recebeu em mãos, da autora, os primeiros exemplares do livro. Também estiveram
presentes o chefe do Gabinete de Projetos Especiais, Otávio Calumby, o presidente da Fundação de Cultura Cidade
do Recife, Diego Rocha, a arquiteta Simone Osias, responsável pelos trabalhos
de restauração do Teatro do Parque e pela coordenação da criação do livro e a
designer Simone Freire, responsável pela Direção de Arte do livro.
“A gente tem aqui um livro que
faz o registro de todo o restauro que foi feito no Teatro do Parque. É a maior
obra de reforma e restauro desde a fundação do teatro em 1915. A gente
conseguiu recuperar todos os dados históricos de 1929, quando ele virou o
cineteatro. Aqui a escritora Silvia Bessa fez uma ampla pesquisa, entrevistou
todos os envolvidos e fez um registro maravilhoso desse restauro que foi feito
lá. Feliz com o teatro pronto e agora mais ainda com o registro histórico que
esse livro faz”, celebrou o prefeito.
Longe de ser apenas um registro
técnico dos trabalhos, o título se propõe a gerar sensações nos leitores e dar
protagonismo aos atores anônimos da intervenção. “O livro é um registro
desafiador da obra de restauro de um edifício público de tamanha importância
histórica e afetiva para o Recife, mas que não tinha arquivo dos registros
necessários para a realização dos trabalhos”, comentou Simone Osias.
Em 140 páginas de um texto leve e
imagens marcantes, o título procura aproximar e traduzir tanto para os leitores
leigos quanto para os interessados na área os detalhes da restauração do
Teatro, a partir de relatos de técnicos de arquitetura e engenharia, pesquisas
históricas e memórias pessoais dos entrevistados.
Para compor o enredo, Silvia Bessa
ouviu desde artífices, restauradores, engenheiros, artistas, produtores da cena
teatral e familiares do comendador Bento de Aguiar, fundador do Parque, até
representantes do público fiel que sempre nutriu um afeto genuíno pelo espaço.
O livro “Teatro do Parque - Reforma e
restauro da história e dos afetos do Recife” conta com direção de arte da
designer Simone Freire e projeto gráfico de Amanda Torres. Já as imagens, em
sua maioria, são de autoria das fotógrafas Andréa Rêgo Barros e Daniela Nader.
O Teatro - Um dos únicos teatros-jardim ainda existentes no Brasil, o
Parque, como é carinhosamente conhecido por seu público saudoso, sofreu várias
intervenções, ao longo de mais de cem anos de história. Além da realizada
agora, foram quatro grandes intervenções desde a inauguração do equipamento, em
1915. A primeira delas data de 1929, quando o Teatro foi ampliado e adaptado
para a função de cine-teatro. A segunda aconteceu em 1968, quando o espaço
recebeu ajustes de uma reforma que conferiu a ele características modernistas.
A penúltima grande intervenção deu-se
em 1986, quando foram observados alguns pequenos indícios de obras de
restauração. Por fim, no ano de 2000, foram realizadas obras para instalação de
sistema de climatização.
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