Ônibus do Grande Recife ganham exposição por uma infância sem racismo
Presidente
e fundadora do Instituto Luz Natural, instituição sem fins lucrativos que
utiliza a fotografia como ferramenta de mudança social, Andréa se juntou ao Centro
de Educação e Cultura Daruê Malungo que reuniu 12 alunos para que
mostrassem seu protagonismo e suas histórias de luta contra o preconceito, por
oportunidades, resgate da autoestima e valorização de suas raízes culturais.
Além
da exposição, que também pode ser conferida gratuitamente em ambiente
virtual, as imagens deram origem a um foto-livro cujo lucro
da venda será revertido para a ONG que atua há mais de 30 anos na
comunidade de Chão de Estrelas, no Recife, com trabalho socioeducativo e
resgate da cultura popular e negra por meio de oficinas de danças afro e
popular, artes plásticas, percussão, canto, hip hop, leitura, cidadania, entre
outras e sobrevive com ajuda de voluntários e doações. Além das fotografias, o
álbum traz depoimentos das crianças ou seus pais e repassa 10 atitudes que cada
um pode tomar para contribuir por uma infância sem racismo. As peças fazem
parte do projeto “Toda Criança é Especial” realizado há 4 anos para que cada
criança conte a história da sua vida como deseja, sem sofrer qualquer violência
ou discriminação e para que viva plenamente, como toda criança merece.
Este
ano, a iniciativa acontece também em homenagem ao menino Miguel Otávio
Santana da Silva, de 5 anos, morto no dia 02 de junho de 2020
após cair do 9º andar de um prédio de luxo no Centro do Recife. A criança
estava sob os cuidados da patroa de sua mãe, trabalhadora doméstica que havia
levado o cachorro dos donos da casa para passear. Um caso que chocou o país e
lançou luz sobre os rumos que a discriminação racial tem tomado na vida de
nossas crianças.
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