Giro Literário: a literatura nas suas mãos
Hoje, eu, Manoel Constantino, peço
licença aos nossos internautas, para assinar esta coluna, pois sou um discípulo apaixonado
da poeta Celina de Holanda, que tive a honra de conviver , receber seus
abraços, ao me ensinar que a poesia é afago e faca.
Celina de Holanda Cavalcanti de
Albuquerque é poeta. Nasceu no Cabo de Santo Agostinho em 19 dejunho de 1915 e
se encantou em 4 de julho de 1999. Poeta e jornalista, publicou seus primeiros
poemas no Jornal do Comercio e no Diário de Pernambuco. Criou, junto a outros
poetas, em 1979, as Edições Piratas.
Como discípulo para mim basta
citar o que ela sempre afirmava convicta: “antes de tudo, um escritor
precisa coincidir com aquilo que ele escreve, para não virar um mero
malabarista de palavras - figueira sem frutos”.
O
POETA VAI À LUTA
Quando a palavra é muito pouco
Para o amigo
E minhas mãos estão vazias,
Sua urgência dói
Como nervo exposto ao frio,
A dor, esticando o fio,
No espanto de vê-lo erguer-se
Silencioso e partir
Com sua lança tão frágil
Vergando na ventania.
AOS QUE ME QUEREM COMO ELES
Não sei de outro
Mas daquele
Que ordena a beleza
À vida
Rege o amor
Pelos ciclos da lua
Faz crescer os ovários
Dos ouriços do mar.
Se apago esta paixão
Talvez me apague.
A Estátua de Celina de Holanda, no Circuito da Poesia, se
encontra na Praça José Sales Filho, na Avenida Beira Rio, bairro da Torre. O
monumento, de 1,60m, traz a poetisa lendo um livro, sentada sobre uma pedra.
Obras:
·
1970 - O Espelho da Rosa
·
1976 - A Mão Extrema
·
1979 - Sobre Esta Cidade de Rios
·
1981 - Roda D'água
·
1984 - As Viagens
·
1990 - Pantorra, o Engenho
·
1995 - Viagens Gerais (coletânea)
Enfim, para aqueles que querem
navegar no barco da poesia, leiam Celina de Holanda, nossa Cecé.
Comentários
Postar um comentário