Instituto Ricardo Brennand celebra 17 anos com a realização de concertos musicais


Foto Paloma Amorim

Completando 17 anos neste  mês de setembro e já tendo recebido mais de dois milhões e meio de visitantes, o Instituto Ricardo Brennand vai celebrar a nova idade com concertos do grupo Metaphora que apresentará as obras La Bomba por Mateo Flecha (1481-1553) e Barca de Veneza para Pádua por Adriano Banchieri (1568-1634),  hoje quinta-feira, dia 12 e  neste domigo, dia 15, às 16h e às 15h, respectivamente.
A audição será gratuita, mas com vagas limitadas. A inscrição pode ser feita pelo link https://forms.gle/8aHCr9qSLnpyTks67 .  Eleito o melhor museu do país, o IRB conta com um vasto e belíssimo acervo distribuído no Museu Castelo São João, na Pinacoteca e na Biblioteca, além dos jardins das Esculturas e uma galeria para exposições temporárias e eventos.

La Bomba - Narra as desventuras de marinheiros que, estando em alto mar, são atingidos por fogo inimigo. A tragédia se torna eminente e todos desesperadamente correm, gritam, gesticulam e suplicam por salvamento. No calor do perigo fazem promessas mirabolantes, clamam pelo Salvador e se atiram com pressa ao mar. Enquanto o navio lentamente afunda, todos se agarram às pipas, aos mastros e aos restos do navio que flutuam a esmo. Triste fim de quem porventura não sabe nadar! Entretanto suas preces são ouvidas. Eis que surge no horizonte uma nau amiga que os poderá resgatar. Uma vez a bordo, salvos, dançam e cantam ao som da guitarra; recitam preces fervorosas em agradecimento às glórias auferidas. Mas alguém lembra que a viagem ainda não encontrou o seu fim! Embora exaustos, lançam-se ao trabalho junto às velas e ao leme, observando entretanto um antigo e sábio apotegma:
Os perigos não estão no mar, mas sim na terra. Sobretudo debitados aos falsos amigos. 

Foto Paloma Amorim
Barca de Veneza para Pádua - A famosa travessia feita através do Mar Adriático entre Veneza e Pádua (que a época era realizada em mais ou menos uma hora de navegação), aqui nos é contada de forma deliciosa. Para passar o tempo, o barqueiro sugere que os passageiros se lancem a um divertimento “sadio” e “honesto”. Logo descobrem que dentre eles viajam cinco cantores profissionais, que rapidamente se apresentam a fim de proporcionar a todos aquela sugerida diversão. Bebem, recitam versos, cantam e dançam ao som dos ecléticos madrigais de Banchieri. O argumento torna-se ainda mais interessante na medida em que os personagens são oriundos de diferentes regiões (cada qual falando em línguas, dialetos e sotaques característicos), religiões e camadas sociais. Ali se encontram um bibliotecário, uma cortesã, um velho apaixonado e sua pretendida que, como sugerido pela inspiradora Commedia del´Arte, não lhe dá a menor estima; para além, é claro, dos supramencionados cantores. Na chegada, pagam ao barqueiro e se despedem alegremente; não sem antes colocar para correr um impostor que se finge de mendigo com o propósito de lhes usurpar algumas moedas.

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