“A Mulher de Bath“ com Maitê Proença


Com direção de Amir Haddad, espetáculo chega ao Teatro RioMar
dia 4 de novembro

 “Se não houvesse em toda a Terra imensa, autoridade além da experiência, a mim isso seria suficiente, pra fazer um relato contundente, das mazelas da vida de casado." Assim se apresenta ao público “A Mulher de Bath”, mulher dos ainda medievais anos 1380, que  já enterrou cinco maridos e, fogosa e cheia de vida, está em busca do sexto. Em celebração aos 40 anos de carreira e 60 de vida de Maitê Proença, e os 80 anos do diretor Amir Haddad, o Teatro RioMar Recife recebe o espetáculo dia 4 de novembro, logo após passagem por Porto Alegre, Fortaleza e Natal. Ingressos estão à venda a partir de R$ 50.

"A Mulher de Bath" é uma mulher libertária, à frente de seu tempo, e não teme dizer o que pensa. Ela é uma das figuras basilares da literatura ocidental, precursora de Shakespeare e do indivíduo moderno. O texto é do escritor e filósofo inglês Geoffrey Chaucer (1343-1400), reconhecido como o pai da literatura inglesa, e faz parte de sua obra inacabada “Os Contos da Cantuária”, publicada pela primeira vez em 1475 e tida como uma das mais importantes da literatura inglesa e um clássico da literatura mundial. A tradução, de José Francisco Botelho, foi indicada ao Prêmio Jabuti e já é considerada uma referência contemporânea na tradução de Chaucer.

Maitê Proença comemora 40 anos de carreira. Foto Matheus José Maria


SINOPSE - Numa taberna qualquer, à beira de uma estrada, em plena Inglaterra medieval, uma mulher experiente, bem humorada e de franqueza desconcertante conta a história de sua vida: seus cinco maridos e a vida sexual, suas paixões, seus rancores e vinganças, seu profundo conhecimento dos homens e da alma humana. Sem poupar a ninguém, nem a si própria, fala das coisas como são, de forma irreverente e direta.

A MONTAGEM – O TEXTO EM VERSOS

Inédito nos palcos brasileiros, o texto conta com tradução de José Francisco Botelho, que buscou inspiração na poesia popular brasileira - do repente nordestino à trova gaúcha - para reviver a exaltação e a grandeza da Idade Média, em versos inspirados no cancioneiro popular e na poesia oral do interior do Brasil. A montagem tem como marca a contemporaneidade do pensamento teatral de Amir Haddad, aproximando o público dos atores de forma direta e sem mistérios. Tudo está à mostra: a preparação da cena, o jogo de luz, a operação do som. A proposta é perseguir a simplicidade e dialogar com todotipo de público. A trilha da peça é operada em cena pelo ator e músico Alessandro Persan, que interage com a atriz e também participa, junto com ela, da movimentação dos objetos e das mudanças de ambientação. Os elementos da cena são rearrumados pelos atores para criar ambientes típicos da época: tabernas, alcovas, igrejas.

Ficha técnica:
Texto: Geoffrey Chaucer
Tradução: José Francisco Botelho
Adaptação: Maitê Proença
Direção: Amir Haddad
Com: Maitê Proença
Participação do ator e músico: Alessandro Persan

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