Sertão pernambucano retrata "O Massacre de Angico - A Morte de Lampião"
O
público de Serra Talhada vai conferir o maior espetáculo ao ar livre do Sertão
Pernambucano, “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião”, que tem início a
partir da próxima quarta-feira e segue até domingo ( de 25 a 29 de
julho), sempre às 20h, na Estação do Forró (antiga Estação Ferroviária).
Há 80 anos o terrível encontro entre
militares do Governo Getulista e cangaceiros liderados por Lampião e sua
esposa, Maria Bonita, praticamente pôs fim à chamada Era do Cangaço. Essa
história é contada em detalhes no espetáculo “O Massacre de Angico – A Morte de
Lampião”. A peça, com texto de Anildomá Willans de Souza e direção do ator e
diretor José Pimentel, será encenada a partir da próxima quarta até
domingo (de dias 25 e 29 de julho), sempre às 20h, na Estação do Forró
(antiga Estação Ferroviária), em Serra Talhada, no Sertão Pernambucano, como
parte da programação do “Tributo a Virgolino -
A Celebração do Cangaço”, evento promovido pela Fundação Cabras de Lampião para
recordar os 80 anos da morte do cangaceiro mais famoso, que apesar do fim
trágico é lembrado e reverenciado em todo o sertão nordestino.
Numa realização da Fundação Cultural
Cabras de Lampião, com patrocínio do Funcultura/Secretaria de Cultura/Governo
do Estado de Pernambuco e Prefeitura Municipal de Serra Talhada, além de
diversas empresas locais, a montagem, que teve sua estreia em julho de 2012,
com absoluto sucesso, deve reunir mais de 50 mil pessoas nesses cinco dias da
temporada. A entrada é franca.
São 50 atores e 70 figurantes, além
de 40 profissionais na equipe técnica e administrativa. No elenco, atores da
própria Serra Talhada, mas também do Recife e de Olinda, além da atriz e
cantora Roberta Aureliano, que interpreta Maria Bonita e é natural de Maceió
(AL) mas passou toda a infância em Serra Talhada fazem parte do grandioso
espetáculo.
O ator e dançarino Karl Marx, 27
anos, vive o protagonista. Integrante do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, ele
comemora 13 anos à frente do mesmo papel, em outras montagens.
A história - “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião” reconta a vida do
Rei do Cangaço, Lampião, desde o desentendimento inicial de sua família com o
vizinho fazendeiro, Zé Saturnino, ainda em Serra Talhada. Para evitar uma
tragédia iminente, seu pai, Zé Ferreira, fugiu com os filhos para Alagoas, mas
acabou sendo assassinado por vingança. Revoltados e querendo fazer justiça com
as próprias mãos, Virgolino Ferreira da Silva e seus irmãos entregaram-se ao
Cangaço, movimento que deixou muito político, coronel e fazendeiro apavorado
nas décadas de 1920 e 1930 no Nordeste. Temidos por uns e idolatrados por
outros, os cangaceiros serviram como denunciantes das péssimas condições
sociais daquela época.
Ambientada em cima de uma ribanceira
de terra batida, durante uma hora e meia, a encenação acontece, contando com
uma arrojada trilha sonora - além das vozes gravadas dos intérpretes, inclui
obras de Chico Science a Amelinha, além de músicas do cancioneiro popular
como Mulher Rendeira e a canção Se Eu Soubesse, na
voz da atriz e cantora Roberta Aureliano, intérprete da Maria Bonita. A
iluminação é detalhista e há efeitos especiais que são assinados, assim como os
cenários, pelo mago da cenografia pernambucana Octávio Catanho (Tibi), parceiro
de José Pimentel em todos os seus outros trabalhos.
OUTRAS INFORMAÇÕES:
MUSEU DO CANGAÇO / FUNDAÇÃO CULTURAL
CABRAS DE LAMPIÃO
CLEONICE MARIA / ANILDOMÁ WILLANS DE
SOUZA / KARL MARX
(87) 3831 3860 / (87) 99938
6035 / (87) 99918 5533 / (87) 99615 3656
E-mail: cabrasdelampiao@gmail.com
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