Tributo aos 40 anos do Ilê Aiyê se apresenta na Caixa Cultural

Foto: Divulgação
 O Ilê Aiyê celebra em 2016 42 anos  de história e chega ao Recife com o espetáculo “Tributo ao Ilê Aiyê” que vem percorrendo o  país  desde  2014   quando o grupo completou quatro décadas de existência. As apresentações acontecem nos dias 17 e 18 de novembro, às 20h e 19 de novembro, às 17h e às 20h. Os ingressos custam R$10,00 e R$5,00.

O espetáculo é uma comemoração aos 40 anos da associação carnavalesca que fez e faz história no cenário musical e cultural brasileiro. Todos os elementos principais estão presentes na composição teatral, em que predomina canto, dança, percussão e negritude: os fundadores , Antonio Carlos Vovô, Apolônio  de  Jesus, Macalé  e  Aliomar, as cores do bloco em jogos de luz e figurino, o terreiro do Ilè Asè Jitolu na força da representação de Mãe Hilda, a percussão com músicos da própria Band’ Aiyê e a voz de Mario Pam, maestro, ogã, formado na Band’ Erê (grupo infanto-juvenil do bloco), sem faltar os atores-bailarinos que remetem aos associados e, finalmente, a Deusa do Ébano personificando as mulheres, que constituem a maioria no bloco até hoje.

O projeto oferecerá ainda uma Oficina de Dança Afro, no dia 19/11 às 10h. Os interessados devem enviar currículo para o email:: tributoaoileaiye@gmail.com. A inscrição é gratuita e a ideade mínima é de 16 anos.

Serviço:
Espetáculo Tributo ao Ilê Aiyê
17 e 18 nov – 20h / 19 nov - 17h e 20h
Caixa Cultural Recife - Endereço: Av. Alfredo Lisboa, 505 – Recife.
Ingressos: 10,00   e  5,00 | Classificação: Livre
Informações: 3425-1915

Oficina de dança afro:
Dia 19 nov - 10h
Inscrições gratuitas – idade mínima 16 anos
Seleção por currículo – enviar para email: tributoaoileaiye@gmail.com

Saiba mais sobre o Tributo ao Ilê Ayê:
Como no asfalto escuro onde o bloco desfila no Carnaval, o espetáculo “Tributo ao Ilê Aiyê” transmuta o palco em rua para que o bloco afro pioneiro do Brasil, o Ilê Aiyê do Curuzu-Liberdade “passe pela avenida” de teatros em todo o país. Para quem nunca viu na avenida, planta a vontade. Para os que já assistiram e participaram do espetáculo original, no calor humano do Carnaval da Bahia, semeia a saudade do Carnaval de Salvador.

A participação de integrantes originais da instituição nos quadros musicais, nas coreografias executadas com precisão e harmonizadas com as letras das músicas que contam a história do afro pioneiro no palco enriquecem e firmam a sensação originada pelo Tributo. O teatro é rua, o Ilê Aiyê está passando, o público se converte temporariamente na população da Liberdade, entre novos e antigos associados, compartilhando a emoção de ser e ver o coral negro em plena evolução.

Ao contar musicalmente a história de um bloco de jovens negros criados e colocado na rua em pleno racismo cordial e ditadura implacável, o espetáculo também é uma lição de história, uma mostra de como a arte pode ser pedagógica com esplendor. A coragem dos anos 70 vai se transmutando na capacidade de manter e fazer crescer uma organização que é reconhecida internacionalmente pela contribuição estética e política ao Carnaval da Bahia, um dos mais famosos do mundo.

Finalmente, o acervo riquíssimo das músicas temas e poesia do bloco do Curuzu é explorado sabiamente para contar as principais histórias, as do próprio bloco e a dos associados, em suas lutas, alegrias, anseios de igualdade, libertação e até mesmo cabendo as rosas, encontros perfumados do amor negro. Ao encerrar esse desfile com uma marcação cênica mais solta, colocando todos os elementos em movimento no palco, o musical deixa para o público a síntese harmônica do afro do Curuzu: Ilê, avenida, paixão.


Comentários

  1. Uma honra para todos nós que ajudamos na construção desse Monumento da Raça Negra Beasileira.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Espetáculo “DOA, VOA!” estreia com apresentações gratuitas no Recife

Exposição na Galeria Massangana conta a atuação do Ministério Público contra o racismo em diálogo com obras de jovens artistas

Inscrições abertas para Oficina Gratuita de Fotografia no Recife