Tributo aos 40 anos do Ilê Aiyê se apresenta na Caixa Cultural
Foto: Divulgação |
O
espetáculo é uma comemoração aos 40 anos da associação
carnavalesca que fez e faz história no cenário musical e cultural
brasileiro. Todos os elementos principais estão presentes na
composição teatral, em que predomina canto, dança, percussão e
negritude: os fundadores , Antonio Carlos Vovô, Apolônio de
Jesus, Macalé e Aliomar, as cores do bloco em
jogos de luz e figurino, o terreiro do Ilè Asè Jitolu na força da
representação de Mãe Hilda, a percussão com músicos da própria
Band’ Aiyê e a voz de Mario Pam, maestro, ogã, formado na Band’
Erê (grupo infanto-juvenil do bloco), sem faltar os
atores-bailarinos que remetem aos associados e, finalmente, a Deusa
do Ébano personificando as mulheres, que constituem a maioria no
bloco até hoje.
O
projeto oferecerá ainda uma Oficina de Dança Afro, no dia 19/11 às
10h. Os interessados devem enviar currículo para o
email:: tributoaoileaiye@gmail.com.
A inscrição é gratuita e a ideade mínima é de 16 anos.
Serviço:
Espetáculo
Tributo ao Ilê Aiyê
17 e
18 nov – 20h / 19 nov - 17h e 20h
Caixa
Cultural Recife - Endereço: Av. Alfredo Lisboa, 505 – Recife.
Ingressos:
10,00 e 5,00 | Classificação: Livre
Informações:
3425-1915
Oficina
de dança afro:
Dia 19
nov - 10h
Inscrições
gratuitas – idade mínima 16 anos
Seleção
por currículo – enviar para email: tributoaoileaiye@gmail.com
Saiba
mais sobre o Tributo ao Ilê Ayê:
Como
no asfalto escuro onde o bloco desfila no Carnaval, o espetáculo
“Tributo ao Ilê Aiyê” transmuta o palco em rua para que o bloco
afro pioneiro do Brasil, o Ilê Aiyê do Curuzu-Liberdade “passe
pela avenida” de teatros em todo o país. Para quem nunca viu na
avenida, planta a vontade. Para os que já assistiram e participaram
do espetáculo original, no calor humano do Carnaval da Bahia, semeia
a saudade do Carnaval de Salvador.
A
participação de integrantes originais da instituição nos quadros
musicais, nas coreografias executadas com precisão e harmonizadas
com as letras das músicas que contam a história do afro pioneiro no
palco enriquecem e firmam a sensação originada pelo Tributo. O
teatro é rua, o Ilê Aiyê está passando, o público se converte
temporariamente na população da Liberdade, entre novos e antigos
associados, compartilhando a emoção de ser e ver o coral negro em
plena evolução.
Ao
contar musicalmente a história de um bloco de jovens negros criados
e colocado na rua em pleno racismo cordial e ditadura implacável, o
espetáculo também é uma lição de história, uma mostra de como a
arte pode ser pedagógica com esplendor. A coragem dos anos 70 vai se
transmutando na capacidade de manter e fazer crescer uma organização
que é reconhecida internacionalmente pela contribuição estética e
política ao Carnaval da Bahia, um dos mais famosos do mundo.
Finalmente,
o acervo riquíssimo das músicas temas e poesia do bloco do Curuzu é
explorado sabiamente para contar as principais histórias, as do
próprio bloco e a dos associados, em suas lutas, alegrias, anseios
de igualdade, libertação e até mesmo cabendo as rosas, encontros
perfumados do amor negro. Ao encerrar esse desfile com uma marcação
cênica mais solta, colocando todos os elementos em movimento no
palco, o musical deixa para o público a síntese harmônica do afro
do Curuzu: Ilê, avenida, paixão.
Uma honra para todos nós que ajudamos na construção desse Monumento da Raça Negra Beasileira.
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