Júlio Samico lança primeiro disco hoje (9) a noite no Sírio Trindade

Foto: Beto Figueiroa
Cantor e compositor pernambucano apresenta o álbum “Júlio Samico e o Circo voador”, produzido por seus dois filhos, Rogério Samico e Rodrigo Samico. A entrada é gratuita e quem abre o show é o grupo Quarto Astral.

A amálgama da vivência artística da década de 1970 com o olhar contemporâneo sobre o fazer musical é o norte do primeiro disco de Júlio Samico. A primeira é representada pelas composições e modo de viver do mesmo, e o segundo simbolizado pela participação de seus dois filhos, Rogério e Rodrigo, na produção e direção musical. Júlio Samico e o circo voador reverbera, em seus riffs psicodélicos, a sintonia familiar presente em cada faixa.

Além de Rodrigo e Rogério, que articipam das 12 faixas no contrabaixo, guitarras, violões e efeitos sonoros, outras parcerias marcam o disco e ressaltam a importância que um trabalho realizado em conjunto tem para Júlio. “É fundamental para mim estar rodeado de familiares e amigos músicos, carrego comigo essa coisa de estar sempre rodeado de pessoas, dividindo experiências musicais, talvez por conta de ter participado de vários corais desde a minha adolescência”, explica.

Ricardo Fraga (bateria), André Sette (piano, sintetizadores e teremim), Carlos Amarelo (percussão), Júnior Kaboclo (flauta, pífano e saxofone) e Marina Silva (vocais) integram a banda que o acompanha nas gravações e no show de lançamento. No disco, também participam Spok, no sax barítono em Pambenyl; Isadora Melo, em dueto na faixa Circo Voador e Gracinha Telles em Saindo de casa.

Dentre as 12 músicas, apenas três não são da autoria de Júlio Samico: ‘Joca Leão’, uma composição de Hélcio Clemente baseado num poema de Cecília Meireles; ‘Saindo de casa’, uma ode aos jovens que decidem enfrentar o mundo, do amigo de Júlio, Gato Breckenfeld; e ‘Rodando’ do músico e poeta Erickson Luna. A faixa que dá nome ao disco, ‘Circo voador’, é uma das composições mais antigas presentes do disco e foi escrita em homenagem à Rodrigo quando ele ainda era criança, enquanto ‘Gero’, uma canção cuja melodia remete às cantigas de ninar, foi escrita para Rogério. Em ‘O Carnaval chegou’, os instrumentos tradicionais do frevo se unem ao teremim, instrumento eletrônico russo muito comum nas bandas de rock progressivo das décadas de 1970 e 80.

Da união do setentista com o contemporâneo não nasceu apenas a sonoridade do disco, mas também a maneira com a qual ele foi produzido. A gravação foi inteiramente digital, contrapondo-se ao equipamento analógico utilizado na mixagem, ambas realizadas no estúdio Carranca, entre março de 2015 e julho deste ano. “Desde o começo, minha vontade era fazer esse álbum analógico para trazer justamente essa totalidade da sonoridade que a técnica permite, a expansão, os graves”, explica o músico. É essa grandeza de som que o cantor vai levar ao palco, montado debaixo de uma lona de circo, no próximo dia 9. O cenário do show, um mundo psicodélico feito de papelão, fica ao encargo do artista paraibano Chico Viola.

Serviço:
Show de lançamento de Júlio Samico
Abertura: banda Quarto Astral.
Sexta-feira, 9 de setembro, às 19h
Sítio da Trindade - Estrada do Arraial, s/nº, Casa Amarela
Entrada gratuita

*com informações da assessoria de imprensa do evento

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