Paço do Frevo celebra os Festejos Juninos

Hora do Frevo e Arrastão são dedicadas à sanfona e ao pífano. Domingo, o Museu abre gratuitamente para o público

No mês em que os festejos juninos se tornam protagonistas em Pernambuco, o Paço do Frevo, centro cultural da Prefeitura do Recife, celebra o tema “Festa: entre a casa e a rua”, dedicado às conexões entre as festividades e suas práticas cotidianas, construídas com trabalho e prazer, suscitando encontros entre o espaço privado e o espaço público, a pessoa e sua comunidade. Nesta sexta-feira (03/06), a programação do mês se inicia com a Hora do Frevo, momento dedicado às novas leituras instrumentais da música do frevo que, nesta semana, recebe a apresentação gratuita do Encontro Sanfonado, com Beto Hortis, Johnanthan Malaquias e Júlio César, ao meio-dia, no hall de entrada do Paço do Frevo.

No domingo (05/06), o Arrastão do Frevo completa a ação Vem No Paço, em que o Museu abre suas portas para o público gratuitamente todo primeiro domingo do mês. Nesta edição, o Arrastão promove o encontro de gerações do pífano com as presenças do mestre João do Pifee o bloco olindense Pife Floyd. A concentração está marcada para as 15h no Marco Zero, com vivência especial de dança e saída do bloco às 16h pelas ruas do Bairro do Recife.

Saído de Riacho das Almas, antigo distrito de Caruaru, para ganhar notoriedade na capital e no mundo, João do Pife é mestre na arte de fazer e tocar o pífano, instrumento de sopro. Com a Banda de Pífanos Dois Irmãos, já se apresentou por países como Bélgica, Estados Unidos, Dinamarca, Finlândia, Holanda, Inglaterra, Noruega e Portugal. No Paço, ele traz seu repertório de forró, frevo, chorinho e samba ao encontro do bloco olindense Pife Floyd, idealizado em 2008 e que dedica seus cortejos a homenagear mestres como o próprio João do Pife e bandas de rock’n roll. No repertório do encontro, não devem faltar composições próprias do mestre pifeiro, além de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos e o rock psicodélico de Pink Floyd, Led Zeppelin, Jethro Tull e Black Sabbath.

Além do Arrastão, o público pode visitar o Paço gratuitamente das 14h às 18h e participar das vivências de dança no espaço. “Democratizar o espaço museal é uma das estratégias para ampliar o sentido da palavra museu, através do estímulo à participação e o diálogo com os vários públicos. A ideia é que as pessoas que muitas vezes não têm acesso ao frevo no dia a dia, possam entender como ele é dinâmico e aberto aos diversos públicos”, define o gerente geral do Paço do Frevo, Eduardo Sarmento.

No mês de junho, o Paço do Frevo abre as “portas da casa” e convida seus visitantes a experimentar sentidos e saberes ao som do pífano, da sanfona, da rabeca e do frevo. A programação conta com apresentações variadas que reforçam a diversidade musical pernambucana durante os festejos juninos. No sábados, o Sábado no Paço recebe programações dedicadas as expressões culturais tradicionais como a Mazurca dos Prazeres (11/06) com Lucas dos Prazeres.

No dia 18/06, o Observatório do Frevo - programa de interlocução, estudos e pesquisas, integrante do Núcleo de Pesquisas e Documentação do Paço do Frevo - realiza o debate “Da casa pra rua: vivências da festa” com Marcelo Varela e mediação de Leonardo Esteves. O acesso à atividade, que acontece no Centro de Documentação do Museu, é gratuito. No mesmo dia, às 16h, o 3º andar do centro cultural recebe a Mostra de Dança do Paço do Frevo com a finalização dos trabalhos desenvolvidos no semestre das turmas “Frevo para iniciados” (professor Alexandre Macedo), “Frevo Pilates” (Professor Jefferson Figueiredo) e “Frevo Improvisação” (professor Otávio Bastos). A programação está inclusa no valor do ingresso. Na sexta (17/06), é a vez do Mestre Luiz Paixão trazer sua rabeca à Hora do Frevo, espaço aberto ao público gratuitamente, às 12h.

TOCA FREVO – O público agendado pode vivenciar a música do frevo de uma forma especial. Por meio de jogos musicais repletos de dinâmicas com uso da voz e do corpo, a vivência Toca Frevo permite que o visitante ative uma audição consciente, reconhecendo o compasso binário do frevo e as variações de orquestração (frevo de rua, frevo canção e frevo de bloco). As vivências acontecem dias de Quartas e Sextas das 9h às 12h e das 14h às 17h, com o Professor Jessé Miquéias. O acesso está incluso no ingresso.


Mais informações:
 (81) 3355-9500.

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