Terceiro disco de Charles Theone será lançado com festa e show no Roda Café
Imagem: divulgação |
Com
abertura e encerramento ao som do DJ Pepe Jordão, o show de Charles
contará com a participação de alguns convidados, entre eles, Lucas
dos Prazeres e Juliano Holanda. No repertório, além de músicas que
marcaram sua trajetória, ele apresentará as novas composições,
seus maracatus de alma pop, baião com guitarras salientes, canções
de fé e de festa. Sempre afeito a parcerias e trocas, neste trabalho
Charles não fez diferente e chamou o músico Jam da Silva e a
cantora Daúde, que empoderam ainda mais a faixa “Como quem não
quer nada”. O evento acontece hoje (26), às 21h, no Roda Café
Cultural, no Bairro do Recife.
A
gravação do CD, no Rio de Janeiro, foi registrada e vai virar um
documentário chamado “A Noite Negra de Charles Theone”, do
cineasta Marcelo de Paula, que já acumulava muitas horas de imagens
da efervescente cena cultural pernambucana, desde o manguebeat, e
decidiu então costurar sua história com o álbum de Charles, que é
uma narrativa das músicas nordestinas: maracatu, sambas, toadas,
cocos, afoxés.
O
álbum “Charles Theone” chega após um hiato de oito anos para o
segundo disco (New Orlinda, de 2008). Charles voltou a ser
produzido pelo guitarrista, compositor e arranjador Paulo Rafael, que
havia também produzido o seu primeiro CD solo, Tambor do
Mundo, de 2006. Paulo entende bem o que Charles precisa, e soube
ser certeiro na extração dos timbres de voz, da harmonia dos
instrumentos, ressaltar os temperos certos, qualidades bem próprias,
que fazem deste terceiro disco de Charles o mais autoral, o mais
parecido com sua própria voz.
Origens
e influências– Charles está vivendo, artisticamente falando,
um dos momentos mais férteis de sua carreira. Além do disco novo,
ele descobre-se como ator. Charles é um dos protagonistas, ou
antagonista, do filme A Luneta do Tempo, escrito e dirigido por Alceu
Valença que, por que não dizer, é um padrinho musical.
Foi
à frente de Nação Pernambuco que Charles percorreu, em turnês,
mais de 80 cidades da Europa. No carnaval, quando seu bloco passava
em frente à casa de Alceu, eles eram convidados a subir na varanda
mais famosa do Sítio Histórico de Olinda. Charles cresceu ainda
mais do que já tinha crescido desde os nove anos, quando se meteu em
uma banda de baile, na cidade natal de Inajá, com todo apoio de sua
família de agricultores. Já ouvia Jackson, Nelson Gonçalves,
Waldick Soriano, Luiz Gonzaga, nas radiolas e difusoras. E ouvia, na
feira, os poetas cordelistas, os cantadores de viola, os aboiadores.
Sem esquecer das sessões da tarde, por onde recebia as informações
das músicas “gringas”, do pop de Michael, dos Beatles, do
rock’n’roll, enfim.
Quando
chegou, aos 17, no Recife, já carregava no matulão toda essa
bagagem. Os ouvidos já buscavam por música. O Nação Pernambuco
foi a porta de entrada. Para diversos lugares, aliás: entrada no
mundo da arte, no circuito estrangeiro e entrada também na sua
terra, de onde nunca tinha saído, mas cuja importância só percebeu
depois. “Eu não tinha assimilado ainda a grandeza da minha terra,
quando entrei no grupo, mas em Paris, quando via as pessoas dançando
aquela música, entendi a importância que tinha”. As portas nunca
mais se fecharam para Charles, e o maracatu, sempre se
resignificando, tornou-se uma marca, um lema, uma batida perfeita.
Serviço:
Charles
Theone – Lançamento do 3º CD
Quinta-feira,
26 de maio
21h
Roda
Café Cultural - Rua Madre de Deus, 66, Bairro do Recife
Ingressos:
R$ 20
*Texto da assessoria de imprensa
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