Banda Rua faz show gratuito na Livraria Cultura neste domingo (4)
Rua. Foto: Flora Pimentel |
A banda Rua fará um show neste domingo
(4), na Livraria Cultura do Paço Alfândega, às 17h, com entrada franca. Os
instrumentistas/compositores da RUA, Caio Lima (voz e sintetizador), Hugo
Medeiros (bateria e marimba de vidro), Nelson Brederode (cavaco e bandolim) e
Yuri Pimentel (baixo e baixo acústico), vão apresentar músicas do primeiro
disco do grupo, “Do Absurdo”, que entra esta semana no catálogo da Cultura e
algumas faixas do novo CD “Limbo”, que acaba de ser aprovado pelo Funcultura e
deve ser lançado em maio de 2013. A apresentação contará com alguns músicos
convidados, entre eles Diogo Guedes (Joseph Tourton), na guitarra.
O único integrante da Rua que não estará
em cena é Bruno Giorgi (guitarra e overdubs) e a razão da ausência é um dos
motivos para novas comemorações do grupo. Bruno, que é engenheiro de som da
Rua, concorre ao Grammy Latino na categoria... Engenheiro de Som, por seu
trabalho no disco “Chão”, de Lenine. A entrega do Grammy será em 15 de novembro
e o músico está dando conta de vários compromissos profissionais no Sudeste do
Brasil.
A Rua - A banda é habitada por cinco
instrumentistas/compositores curiosos por explorar e expandir suas
possibilidades estéticas musicais. Caio Lima (voz e sintetizador), Hugo Medeiros
(bateria e marimba de vidro), Nelson Brederode (cavaco e bandolim),Yuri
Pimentel (baixo e baixo acústico) e Bruno Giorgi (guitarra e overdubs) dão
forma a um emaranhado de influências, com uma proposta musical característica e
instigante. “Sentíamos, nos ensaios, o sintoma de uma música que se afirmasse
como fruto da procura individual dos integrantes por uma forma íntima de
combinar sons”, explica Caio Lima. Eles se reconheceram e conflitaram
musicalmente durante anos, criando o que é hoje a identidade da banda.
Apesar do traçado minimalista, somado a
elementos de free jazz, samba e trip rock, classificar a Rua talvez crie uma
expectativa pouco provável de ser correspondida. E a banda tem essa intenção.
“A nossa música promete ao espectador uma viagem e pelo menos uma dança
mínima”, resume Caio no que possa vir a tentar ser definido. O grupo bebe do
mesmo movimento de nomes como Philip Glass e Steve Reich, mas cada uma de suas
músicas permeia um universo diferente. Já na primeira faixa do CD “Do Absurdo”,
sugestivamente intitulada No Mínimo Era Isso, é notável a proposta minimalista.
Enquanto Rainha da Bateria transparece um samba longe do óbvio, Toda Alegria
tem peso mais alternativo, com efeitos de delay no cavaco que convida a sentir
a experimentação dos instrumentos – o que se faz presente em todo o álbum.
Do Absurdo – “Do absurdo é de onde surge
toda a criação. É também a única forma de responder o surgimento da banda e da
sua música”, explica o vocalista. O álbum contou com incentivo do Funcultura e
foi gravado e mixado no estúdio Carranca, no Recife, e no estúdio O Quarto, no
Rio de Janeiro, com produção da própria Rua e coprodução de Bruno Giorgi, que
mais tarde passaria também a ser integrante.
O disco possui treze faixas que “se unem
pela própria diferença das músicas, deixando claras as muitas influências de
cada integrante”, descreve o baterista Hugo Medeiros. Se a ideia inicial era de
um som mais acústico, logo as trocas se tornaram evidentes nas seções de
mixagem no Rio e influenciaram o aspecto eletrônico final. Recentemente, o
trabalho foi comentado no jornal Diario de Pernambuco pelo músico Lula
Queiroga:
“Não foi surpresa nenhuma ouvir um
material tão bem acabado vindo de uma galera que leva música tão a sério. Do absurdo
trabalha bonito entre os timbres e as pausas. A letra cantada faz parte da
textura. E o encontro disso tudo resulta numa obra detalhista, minimal.
Parabéns a todos da banda Rua e a Nelson por nos lembrar que o cavaquinho pode
ser um instrumento tão nobre”.
Depois de disponibilizar algumas faixas
na web, a banda subiu ao palco do Teatro Arraial (Recife/2011) para lançar o
cd, agradando a quem costuma sair de casa a fim de se surpreender com o novo.
Logo depois, foram convidados para tocar no consagrado festival No Ar Coquetel
Molotov, se apresentando no mesmo palco de artistas como Hindi Zahra (França),
Copacabana Club (PR) e Nuda (PE). O vocalista da banda Eddie, Fábio Trummer,
indicou o trabalho da banda para participar do concurso Lycra Future Designers.
E o site americano Sounds and Colours incluiu a música Todalegria na coletânea
"Musica da Massa: New Sounds of Pernambuco".
Multiplataforma - A Rua não pretende ser
um grupo destinado apenas ao uso da música no palco. Quer mesmo é expandir seus
campos de atuação e compartilhar linguagens variadas. Por isso, outras formas
de expressão foram sendo desenvolvidas paralelamente a gravação do CD. A
relação com a composição de trilhas para espetáculos de dança é uma delas. A
trilha de Bokeh, videodança da Cia Etc, foi feita por integrantes do grupo e
premiada pela Fundarpe no 12° Festival de Vídeo de Pernambuco. A Rua também
assina as trilhas de Dark Room, da Cia Etc, que estreou ano passado; In Vitro,
espetáculo que acaba de estrear no 17° Festival Internacional de Dança do
Recife e está finalizando Segunda Pele, do Coletivo Lugar Comum, que estreia
nesta sexta (02/11) em temporada na Casa Mecane durante todo o mês de novembro.
Além disso, um projeto audiovisual em
parceria com o cineasta pernambucano Diogo Luna estreou na mostra audiovisual
olindense “Curta no Xinxim”. No curta, Diogo aborda o processo criativo da
banda e é possível ver e ouvir as músicas Todalegria, página 6 e Pala. O vídeo
está disponível no site da banda (ruadoabsurdo.com.br).
Serviço:
Show da Banda Rua
Onde: Livraria Cultura, Shopping Paço
Alfândega, Recife Antigo
Quando: 4 de novembro, às 17h
Quanto: Gratuito
www.ruadoabsurdo.com.br
Comentários
Postar um comentário