Marcelo Serrado decifra o universo feminino em monólogo


Marcelo Serrado. Foto: Divulgação
Realmente, há mulheres difíceis? Quais são as estratégias para conquistar este ser tão complexo? Estas e outras questões são colocadas de forma bem-humorada no espetáculo Não existe mulher difícil, primeiro monólogo interpretado por Marcelo Serrado. A peça, em cartaz neste domingo (19 de agosto), em dupla sessão (18h e 20h) no Teatro da UFPE, é inspirada no livro homônimo de André Aguiar Marques. O texto foi adaptado por Lúcio Mauro Filho e a direção é de Otávio Müller, que propôs levar a obra aos palcos.

O espetáculo é um manual de paqueras em que o protagonista tenta se transformar em um mestre na arte de identificar cada perfil de mulher. Divertida e dinâmica, a peça retrata o que um homem faz depois da separação. Abandonado após dez anos de casamento, o personagem volta ao universo dos solteiros e se vê em uma nova realidade; as mulheres estão mais independentes e exigentes. Como lidar com essas questões na hora da conquista? A montagem é um grande sucesso de crítica e público e já foi vista, desde 2010, por mais de 100 mil pessoas.


“Convidei o Marcelo (Serrado) e ele teve a ideia de fazer um monólogo. Ele e eu temos uma amizade grande desde o espetáculo No retrovisor, que foi muito importante na nossa carreira”, diz o diretor Otávio Müller. “A peça tem uma pitada de stand-up. O cenário consiste basicamente num piano. O personagem de Marcelo é um pianista que acabou de ser traído. Ele fica tão arrasado que não consegue fazer seu show e aí começa a contar a história de seus amores. Se existe mulher difícil? Existe, mas a gente não pode perder a esperança.”

Marcelo conta que o livro foi o grande ponto de partida para a peça. “Tem muita coisa nossa no espetáculo, por isso que o público vai se identificar. Trouxemos histórias pessoais e o Lucinho (Lucio Mauro Filho), muito generoso, sempre topou nossas ideias. Eu trouxe também minha experiência no piano, que adquiri na peça “Tom & Vinicius”. O espetáculo é um manual para homens e mulheres, não é machista, o personagem é um cara muito legal. Estou muito feliz de fazer um monólogo, não vejo dificuldade, vou lá e me dedico. Tento ser o mais incrível possível”, explica o carioca, sucesso na Rede Globo como o mordomo Crô (da novela “Fina estampa”) e atualmente dando vida a Tonico Bastos em “Gabriela”.

Segundo André Aguiar Marques, o livro é uma grande brincadeira com o público feminino e masculino. “Existe mulher difícil, só que elas estão em extinção. As mulheres estão muito exigentes, e os homens não entendem o que está acontecendo. O nome do livro brinca com um dito popular antigo, que tem muitas variações: ‘não existe mulher difícil, existe homem que não sabe cantar direito’. O legal é que a história serve para homens e mulheres: é útil para elas não caírem nos golpinhos dos homens, e para eles se atualizarem e cantarem melhor as mulheres”, diz o autor.

Lucio Mauro Filho fala com humor sobre o projeto. “Não existe mulher difícil. Existe diretor difícil, ator difícil, produção difícil e um adaptador quase impossível (risos)! André Aguiar Marques nos introduziu no mundo masculino da cafajestagem e decidimos passar para frente este legado. Lendo o livro e vendo a peça, o público percebe que, na verdade, o cafajeste é um homem de bem”, ressalta o ator/adaptador.


Ficha técnica:
Texto: André Aguiar Marques
Adaptação: Lucio Mauro Filho
Elenco: Marcelo Serrado
Direção: Otávio Müller
Direção de produção: Rosangela Ribeiro
Direção de arte: Maria Borba
Direção musical: Marcio Tinoco
Trilha sonora: Dany Rolland
Iluminação: Paulo Denizot
Produção: New Marketing Comunicação

Serviço:
Não existe mulher difícil
Dia 19 de agosto (domingo), às 18h e 20h (última sessão lotada)
Teatro da UFPE – Campus Universitário
Ingressos: R$ 70 e R$ 35, à venda na bilheteria do teatro, lojas Esposende (shoppings Recife e Tacaruna) e www.ingressorapido.com.br
Informações: 3207-5757

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