Circo: Dydha

Adeildo, mais conhecido como Dydha. Foto: Divulgação

Por Gianfrancesco Mello

Dydha

A Agenda Cultural do Recife inicia, a partir deste mês, uma série de matérias sobre a formação circense no Recife. Para começar, conversamos com o arte educador da ONG Arraial Intercultural de Circo do Recife (Arricirco) e formador de novos talentos, Adeildo de França Araújo, mais conhecido como Dydha. Por meio da arte acrobática de Dydha, meninos e meninas descobrem valores, possibilidades e talentos. Adeildo França era aluno, tornou-se instrutor e, hoje, atua como arte educador.

“Quando eu comecei a procurar o circo como lazer, foi mais pela novidade. Quando eu era menor, não tinham tantas novidades. Isso porque o nosso principal atrativo era jogar bola. Então, o Lar Fabiano de Cristo começou a oferecer aos jovens da Várzea a oportunidade de conhecer um pouco do circo por meio do curso de clown. Terminando o curso de palhaço, encontramos o Arricirco. Com isso, ao todo, já tenho 11 anos de circo e, há três anos, atuo como educador social”, pontua Dydha.


Segundo o arte educador, em geral, a arte circense do Arricirco trouxe muitas oportunidades de trabalho e viagens acabaram surgindo. “Alguns holandeses viram o nosso trabalho e começaram a nos ajudar, inclusive financeiramente. Aproximadamente, 15 integrantes do Arricirco já viajaram para a Holanda e passamos, na primeira viagem, três meses por lá. Fizemos umas 40 apresentações em escolas tradicionais e escolas de circo do país europeu.”

As acrobacias já ultrapassaram as
barreiras europeias. Foto: Divulgação
Arricirco - O projeto, que fica no antigo Centro de Treinamento da Sudene, no Engenho do Meio, na Zona Norte do Recife, foi criado pela Madre Escobar, que pertenceu à Congregação Irmã Dorotéia do Colégio São José por mais de 50 anos, e atende, atualmente, cerca de 100 alunos em dois turnos (manhã e tarde).  A iniciativa faz parte da Rede de Circo do Mundo Brasil, formada por um conjunto de instituições que utilizam as artes circenses como instrumento alternativo para educar e resgatar a cidadania de adolescentes.

Desde a sua fundação, em 1995, mais de dois mil jovens já passaram pela instituição, que oferece oficinas de malabares, equilíbrio, monociclo, ginástica, artesanato, artes plásticas, diabolô, laboratório de palhaços e contorcionismo. Ao todo, sete educadores se dividem entre a produção de fantasias e o treinamento circense e musical dos participantes. Para fazer parte do projeto, é preciso estar estudando. Com relação aos iniciantes, o desafio maior é buscar equilíbrio e coordenar os movimentos.

Usamos a arte circense de uma maneira teatral, porque queremos levar mensagens sobre a mistura pernambucana, além de temáticas sociais como as drogas e a violência”, frisa Adeildo França. O projeto Circo e Cidadania, do Arricirco, tem convênio com a CHESF e recebe apoio da UFPE, que cede as instalações, além de ter a ajuda do Sesc, que colabora com parte da alimentação.

Serviço: 
Arricirco
 
(81) 3033 2975
Rua Lindolfo Collor, 65, Engenho do Meio 
(No antigo Centro de Treinamento da Sudene, que é vizinho ao Clube da Sudene)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Feira que reúne 80 artesãos no RioMar termina na quarta-feira (24)

Show em tributo a Alcione com acesso gratuito no Feriado de Tiradentes no RioMar Recife

Jardim Espaço Plural comemora um ano com atividades gratuitas durante o mês de Abril