Colares com ousadia, diversidade, elegância e sustentabilidade
Por: Erika Fraga
O conceito de sustentabilidade social e ecológica há muito tempo vem fazendo esforços para entrar no cotidiano das pessoas. Essa resistência talvez tenha se dado ao fato de que esses produtos ecologicamente corretos não possuíam o acabamento e a elegância dos produtos convencionais. Sentindo essa carência a arquiteta e designer Kátia Costa Pinto decidiu investir na sofisticação de acessórios derivado de matérias-primas não tão comuns.
Kátia, formada em arquitetura pela Universidade Federal de Pernambuco, começou a trilhar seu caminho no mundo da moda ainda na faculdade. Nessa época, as tendências eram ditadas pela efervescência das cores do Movimento Hippie e foi através das bijuterias que ela entrou em sintonia com esse movimento. Mas, assim como a moda que sempre está em constante mudança, o Movimento Hippie também mudou e passou, e isso fez com que ela desse uma parada em suas criações e passasse a se dedicar a arquitetura. Assim que saiu da faculdade, ela montou um escritório de design que oferecia serviços de arquitetura e ambientação de espaços. O empreendimento durou 20 anos, mas a arquiteta resolveu se desligar e investir em acessórios. “Essa minha vontade de trabalhar com colares, era algo que estava estacionado desde a minha adolescência. E para minha surpresa essa retomada teve um resultado positivo”, comenta Kátia.
Em 2005, a designer em sociedade com a arquiteta Luciana Romeiro abriu a Palha de Aço. Uma loja especializada em peças de aço inox com alto requinte e design. Com o tempo a Palha de Aço começou a desenvolver também acessórios femininos em aço inox, passando a se chamar Preta da Cor. Em paralelo a loja, ela também começou a desenvolver acessórios femininos, e isso, fez ela se desligar da loja. “Optei por sair da sociedade porque a loja estava muito ligada à questão comercial, e a minha permanência implicaria em limitar o meu tempo de criação de jóias. Hoje a minha irmã Regina Góis é uma das sócias da loja”, explica a designer e ainda revela “Na realidade eu gosto da atividade de criar e pesquisar, o meu perfil é criador, não sou ligada a essa parte comercial, tenho que ter uma pessoa que me assessore em relação a isso. E por esse motivo eu me retirei do comércio, estou apenas com o meu atelier”.
Com um portfólio de fazer inveja, a designer já desenvolveu mais de 200 peças diferentes. Seus colares possuem uma característica bem marcante, que é a diversidade. Quem compra os colares garante que eles viciam pelo glamour e pelo exagero de tamanho, que o faz transitar facilmente entre o conceitual e o comercial. Os materiais usados na composição das peças as deixam ainda mais especiais. São couro, elástico, metal, crochê, tecido, lã, pérola e materiais naturais diversos como: sementes, fibras, folhas secas e madeiras que cuidadosamente misturados, formam colares coloridos e com muito estilo. Graças a esse estilo ela já foi homenageada no Moda Recife e foi premiada na ultima edição da Casa Cor pelo projeto mais sustentável. São reconhecimentos como esses que faz com que os colares circulem pelas mais renomadas boutiques da cidade, e sejam revendidos em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Kátia não segue uma linha específica de criação, suas coleções são livres e nascem da diversidade de estilos, formas e texturas. Igualmente livre e simples é o seu processo criativo onde as ideias surgem inesperadamente. “Eu tenho o hábito de acordar muito cedo, antes mesmo de amanhecer. E é nesse momento onde a minha criatividade aflora”, comenta e ainda complementa revelando o como funciona o seu processo criativo, “Os meus materiais de trabalho ficam guardados em estruturas que são transparentes, então eles estão sempre à vista, e isso estimula a minha criatividade, pois basta apenas eu olhar para um material que possa combinar com outro, e ao misturá-los eu tenho um lindo acessório criado”.
Além de confeccionar acessórios, Kátia ministra oficinas de capacitação. A mais recente, foi realizada na Comunidade da Ilha de Itatuóca, localizada em Suape. A comunidade, que é uma vila de pescadores formada por cerca de 32 famílias, passou três meses recebendo essa oficina, que culminou em uma exposição no Estaleiro de Suape. “Capacitação é algo que eu sinto prazer em fazer, e foi muito gratificante trabalhar com essa comunidade. O objetivo desse curso é fazer com que as pessoas aprendam a reaproveitar os resíduos naturais que o local oferece. No caso da comunidade da Itatuóca, tivemos como base o coco e a palha da bananeira, que se forem bem trabalhados podem ser transformados em colares e pulseiras belíssimas”, relembra carinhosamente a designer.
As peças de Kátia Costa Pinto podem ser adquiridas nas lojas:
Preta da Cor Porto de Galinhas | Galeria Centro Sul
3552 2290
Prazeres Alcyole Shopping Paço Alfandega 3328 1494katiacosatapinto@yahoo.com.br
Kátia Costa – 9966 7599
Preta da Cor Porto de Galinhas | Galeria Centro Sul
3552 2290
Prazeres Alcyole Shopping Paço Alfandega 3328 1494katiacosatapinto@yahoo.com.br
Kátia Costa – 9966 7599
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