Museu do Homem do Nordeste, um mergulho nas nossas origens


Museu do Homem do Nordeste
O Museu do Homem do Nordeste – Muhne – é um órgão federal (vinculado à Fundação Joaquim Nabuco/Ministério da Educação), que reúne acervos que revelam a pluralidade das culturas negras, indígenas e brancas desde nossas origens até os diferentes desdobramentos e misturas que formam o que hoje é chamado genericamente de cultura brasileira. Esses acervos servem de suporte para construir narrativas que estão traduzidas em exposições etnográficas e exposições de arte, assim como em ações educativas de mediação cultural e em diferentes eventos que compõem a programação cultural do museu.
O Muhne nasceu em 1979, da fusão de três outros museus: o Museu de Antropologia (1961-1978), o Museu de Arte Popular (1955-1978) e o Museu do Açúcar (1963-1978). Seu acervo é composto de coleções caracterizadas pela heterogeneidade e variedade, desde objetos provenientes das casas das famílias dos senhores de engenhos, até objetos simples, de uso cotidiano das famílias pobres. No acervo também estão presentes coleções de arte popular, de brinquedos populares, vestuários e instrumentos das festas populares, objetos dos povos indígenas e muitos outros que revelam a diversidade cultural de nossa sociedade.
N.S. da Conceição. Arte Sacra: Imaginária portuguesa e pernambucana. 
Foto de Emiliano Dantas
O acervo do museu caracteriza-se pela variedade e heterogeneidade de suas peças: tanto requintadas - pertencentes às famílias dos senhores de engenho, como as coleções de porcelanas e objetos de uso de famílias tradicionais da região; quanto objetos simples - usados no cotidiano do nordestino brasileiro e que fazem parte de sua formação, herança cultural do índio, do português e do africano.
Etnografia indígena (Pacatu, equipamento para transporte de ervas). 
Foto de Luís Santos


Parte do acervo revela um Nordeste anterior ao descobrimento do Brasil e mostra a cultura dos primeiros habitantes da região, como o trabalho em palha produzido pelos índios fulniôs, de Pernambuco, e objetos plumários dos kaapores, do Maranhão. Outra parte revela aspectos da vida colonial nordestina, retrato da cultura canavieira: moendas, utensílios para cultivo da cana-de-açúcar e uma coleção de aguardente.

Peça de Manoel Galdino (Guariba Milenar). Foto de Emiliano Dantas.


Comprometido com uma museologia social, voltada para os sujeitos, para as pessoas, as exposições que o Muhne realiza são acompanhadas por atividades educativas de mediação cultural, debates, seminários e outras ações, com o objetivo de estabelecer um espaço de discussão democrática e polifônica, construído no diálogo entre os campos das ciências sociais, das artes, da comunicação, do design, da ciência, da religião e da filosofia. E é dessa forma que o Muhne busca contribuir para a construção do entendimento entre os diferentes grupos sociais, baseado no reconhecimento da diversidade cultural que constitui a sociedade brasileira e na possibilidade de superação das desigualdades sociais pela busca da equidade e dos direitos da cidadania para todos, indistintamente. Com um olho no passado e outro no presente para trabalhar cooperativamente, junto com outros atores sociais, na construção e disseminação de uma cultura democrática e de paz. *(texto de divulgação da assessoria da Fundaj).
Peças de Porfírio Faustino. Figuras do carnaval. Foto de Emiliano Dantas.


O Museu do Homem do Nordeste fica na Av. Dezessete de Agosto, 2187. Casa Forte, Recife-PE. Informações: (81) 3073 6332 / 6394 www.fundaj.gov.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Especiais de fim de ano nas ondas da rádio pública do Recife

Festival Panela do Jazz retorna a Triunfo (PE) com três dias de música instrumental, formação e feira literária

Ulisses Dornelas