ESPECIAL: Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre sempre aberta para visitantes


Frente da Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre. Foto de Rogério Maranhão.

Em períodos de férias de trabalho ou até mesmo nas férias escolares, bem como em feriados prolongados nem sempre conseguimos planejar viagens mas a nossa cidade oferece muitos atrativos que nos surpreendem e nos encantam, dentre eles, museus, galerias, igrejas históricas e parques. Hoje indicamos a Fundação Gilberto Freyre, no bairro de Apipucos, bem como o Museu do Homem do Nordeste, espaços que nos aproximam mais da nossa cidade e da nossa história.

A Fundação Gilberto Freyre foi criada em 1987 com a missão de preservar e disponibilizar ao público o patrimônio pessoal e intelectual reunido pelo escritor pernambucano e de estimular a continuidade dos seus estudos e de suas ideias, voltados para a compreensão e interpretação da realidade cultural e social brasileira.
 Sala. Foto de Rogério Maranhão

O patrimônio pessoal, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), reúne o conjunto arquitetônico e paisagístico formado pela Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre e pelo Sítio Ecológico. 


É em frente a uma praça rodeada de árvores e antigos casarões, no tranquilo bairro de Apipucos, na capital pernambucana, que tem início a viagem ao universo do sociólogo e escritor Gilberto Freyre (1900-1987). Neste cenário bucólico, está localizada a Fundação Gilberto Freyre – Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre, antiga residência do famoso autor, entre outros, do livro Casa-Grande & Senzala.
 Um dos espaços da casa

A casa-museu é um espaço que vai muito além do arquitetônico. É uma referência atual de experiência patrimonial e humana. É um conjunto de cômodos que abriga azulejos que lembram as Quintas portuguesas, peças etnográficas que apresentam o culturalismo antropológico do proprietário, mobílias que registram o ofício de estrangeiros radicados em Recife no trato da madeira. Da face arquitetônica à distribuição das salas, quartos e corredores, é também um centro de exposição dedicado à vida das casas de sítios do Recife do século XIX, onde se busca compreender a relevância dos objetos na esfera caseira, não apenas sob a dimensão utilitarista do uso desses objetos, mas também do cotidiano no qual estiveram imersos, motivando desejos, conflitos e sentidos. 
Quarto da Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre.

A área externa alimenta a relação estabelecida pelo escritor com o meio natural.  No sítio que ocupa o entorno e avança por sobre a casa, ele cultivou espécies nativas como o cajueiro e a pitangueira misturadas às espécies exóticas, mas já  abrasileiradas, como as mangueiras e jaqueiras. Criou um ambiente hospitaleiro compartilhado fraternalmente com a fauna local e onde, em caminhadas diárias, colhia frutos e buscava inspiração.

Há curiosidades e preciosidades, como por exemplo, antigos móveis de jacarandá Spiegler e Béranger, do século 19, louças de origem portuguesa, holandesa, alemã e brasileira, além de pratarias e tapetes persas. Ainda nesse ambiente, chamam a atenção oito painéis de azulejos da Igreja de Nossa Senhora da Soledade, em Portugal, comprados em um antiquário.

             




Outro exemplo, é o presente de noivado que Gilberto e Magdalena Freyre receberam da Embaixada do Japão.  É bom lembrar que foi em  1941, que o escritor casou-se com Maria Magdalena Guedes Pereira (1920-1997); ele, com 42 anos, e ela, 21, e mudaram-se para sua residência, uma construção colonial do século 18. 





Biblioteca  
Foto de Rogério Maranhão

São milhares de páginas que registram, por exemplo, os esboços e as revisões de Casa-grande & Senzala e Sobrados e Mucambos, anotações pessoais que foram matéria-prima para a produção de obras como Tempo morto e outros tempos e Aventura e Rotina. Registros iconográficos, anotações de pesquisas, manuscritos de famílias, álbuns de anúncios de jornais, que ilustram os mais variados aspectos da sociedade brasileira nos séculos XIX e XX. Do acervo de correspondências, formado por cartas, bilhetes e telegramas, de amigos e intelectuais brasileiros e estrangeiros, à biblioteca pessoal, formada por 40.000 volumes.

Todos esses espaços contam com infraestrutura para o recebimento de visitantes, de segunda a sexta-feira das 9h às 17h. 

Telefones: (81) 3441-1733 

Whatsapp: (81) 9.9211-6793

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FUNDAÇÃO GILBERTO FREYRE
Fone 55 81 3441-3348 / 1733



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