No Recife, oficina gratuita ensinará produção de documentários a partir das histórias de vida dos alunos

Foto Arthur Carvalho

Em setembro, a oficina Autobiografias do Presente chega ao Recife, buscando formar produtores audiovisuais de documentário, utilizando como ponto de partida suas próprias histórias e trajetórias de vida. A ação é realizada em uma parceria entre a produtora Combo Multimídia e o Núcleo de Experimentação em Teatro do Oprimido (Nexto-PE) e será realizada dentro da programação do Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero (Recifest)

A iniciativa realizará uma imersão de 20 horas por ferramentas que vão da roteirização à edição, em aulas conduzidas por um time de profissionais de comunicação, audiovisual, arte-educação e teatro, resultando na produção de um documentário autobiográfico de cada aluno. As inscrições são gratuitas e já estão abertas para todos os públicos, indo até o próximo dia 5 de setembro. 

Para além das técnicas cinematográficas e reflexões sobre o fazer cinema, em especial com o uso de suportes como celulares e câmeras digitais comuns, as turmas passarão por uma jornada de autoconhecimento individual e coletivo a partir dos exercícios propostos pela metodologia de Teatro do Oprimido, desenvolvida pelo emblemático Augusto Boal nos anos 1970. Suas próprias histórias e vivências serão o fio condutor de todo o processo de criação dos filmes.

“O grande objetivo é conseguirmos trazer uma formação com um recorte de um tipo de produção muito recente, em especial dos anos 2000 pra cá, que temos um boom dessas formas de escrita de si muito atrelada ao cinema documental, não só no Brasil, mas em outras cinematografias estrangeiras. Queremos entender o cinema como essa forma de comunicação entre dois sujeitos, com suas trajetórias e particularidades, entendendo também como isso alimenta nossa formação como indíviduos”, elabora Márcio Andrade, um dos idealizadores do projeto. 

O projeto está aberto para adultos e jovens acima de 16 anos de todas as classes sociais, em especial para estudantes e profissionais da área de artes, literatura, cinema e audiovisual que se interessem por essa linguagem.  Eles aprenderão conceitos como Escritas de Si para cinema, exercícios de Teatro do Oprimido para trazerem suas histórias à tona, etapas da produção audiovisual e suas possibilidades de financiamento e pós-produção, além de atividades práticas de gravação e edição.
“Quando cada pessoa resolve contar num filme a sua própria história, colocando-se no centro da narrativa e expondo a sua estratégia para lidar com algum conflito ou questão, estamos construindo pistas importantes para analisarmos aspectos sociais daquela comunidade. No gesto de contar as próprias histórias, revelamos nossas estratégias de sobrevivência no mundo”, afirma Wagner Montenegro, um dos idealizadores e responsável pelo uso das ferramentas do Teatro do Oprimido na oficina. 

As aulas serão realizadas no Espaço Gestos, no bairro da Boa Vista, de 19 a 23 de setembro, das 9h às 12h. Serão 20 vagas ofertadas.
As inscrições devem ser feitas pelos formulários: 
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd8bxJ0pXj3t3k302mLVIrsaAoRLm3caxrlXz29WbarS38PSQ/viewform
 

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