Encontro de esculturas na nova exposição da Casa Balea
A Casa Balea abre, nesta quinta-feira, 31 de março, a exposição
“Primal” com os artistas Demétrio Albuquerque e Glauber Arbos. A mostra traz 20
peças entre esculturas, relevos e híbridos em cerâmica de primeira queima,
argilas e detalhes em madeira e ferro. Serão nove peças do artista Demétrio
Albuquerque, sete peças do artista Glauber Arbos, com duas pinturas; contando
ainda com duas esculturas que os dois criaram juntos especialmente para essa
exposição. A cultura popular e a arte moderna representadas e fantasiadas com uma
forte sutileza regional.
“Demétrio e Arbos têm em comum um estudo do contemporâneo
em confabulação com o regional”, explica a curadora da exposição Biatriz
Arcoverde. Raoni Assis, que coordena a
Casa Balea, conta que a “escolha do nome Primal remete ao primitivo, a cerâmica
terracota traz este sentido original e terral. Eu sempre vi esse diálogo nos trabalhos dos
dois artistas, mesmo que separadamente, agora promovemos este encontro no
barro, na cerâmica de primeira queima e nas formas de criação em escultura e
modelagem”.
Esta é a terceira exposição do projeto Agregados que
tem incentivo do Funcultura e faz uma retomada da A Casa do Cachorro Preto, um
espaço de arte e cultura de Olinda, onde hoje funciona a Casa Balea. Os dois
artistas são participantes ativos das atividades da Casa e já fizeram
exposições individuais na galeria.
Demétrio Albuquerque é natural de Teresina (PI) tem 61
anos e é arquiteto. É o escultor do Monumento Tortura Nunca Mais (rua da Aurora
- Recife). São de sua autoria as estátuas do Circuito da Poesia do Recife, a de
Naná Vasconcelos no Marco Zero , “A Pedra Jardim” de esculturas do Shopping
Recife, Monumento a Augusto dos Anjos na Praia Pedro Américo, João Pessoa PB.
Ganhou o prêmio João Turim (1991) de aquisição no Salão do Museu João Turim em
Curitiba com as esculturas Prometeu e Andaluz. Morou no Japão, onde fez curso de
cerâmica (yakimono), realizou a exposição Karada em Ashikaga-shi. Em 2015
realizou a Individual “Caminho da Pedra”, na galeria Janete Costa, projeto de
Oscar Niemeyer em Recife.
Glauber Arbos é recifense desenha desde criança. Sua identidade
visual é facilmente reconhecida com pinturas de muros e paredes da cidade. As
esculturas têm as mesmas características e são reconhecidas nas diversas
exposições que acontecem no estado. Da arte popular do nordeste brasileiro até
a ficção científica. Todo esse universo é regido pelos seres com formas que
arremetem a natureza distante presente no imaginário do artista. As obras
eclodem em explosões de cores e formas bem tratadas demostrando uma arte cheia
de referências, porém particular. Suas obras são ricas em cores e geometrias.
Teve sua primeira exposição individual na Casa do Cachorro Preto.
Serviço:
PRIMAL
Demetrio Albuquerque
Glauber Arbos
Abertura
Quinta-feira, 31 de março, 18h
Visitação até 24 de abril de quinta a domingo
16h às 22h
Casa Balea
Rua Treze de maio, 99 – Carmo – Olinda
Uso de máscara e comprovante de vacina obrigatórios
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