Crianças escritoras batem papo na Flitin
Autoras
mirins falarão sobre suas aventuras literárias dentro da programação da 2ª
Feira da Literatura Infantil (Flitin), neste domingo (1º/12), às 11h, na
Academia Pernambucana de Letras. Isadora Nunes, aos 12 anos, já prepara seu segundo livro.
Isadora Nunes tinha 7
anos quando escreveu Reino dos doces. Hoje, aos 12 anos, ela está na
produção do segundo livro, um romance de suspense policial ainda sem título.
Também escritora precoce, Beatriz Carneiro tem 8 anos e já publicou O pônei
encantado e a fadinha. As duas autoras mirins falarão sobre suas aventuras
literárias dentro da programação da 2ª Feira da Literatura Infantil (Flitin), e
serão mediadas pela professora, escritora e cordelista Érica Montenegro.
O evento, promovido pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), é gratuito e
ocorre neste domingo (1º/12), às 11h, na Academia Pernambucana de Letras.
O livro de Isadora narra
a história de Nicole, uma menina que descobriu um portal para um universo
paralelo todo feito de guloseimas açucaradas. O problema é que ninguém acredita
quando Nicole conta que esse mundo existe. “Me inspirei em músicas que minha mãe
- a escritora de romances policiais Andrea Nunes - cantava para mim quando eu
era muito pequena. Achei que seria legal escrever sobre o que eu pensava dessas
músicas”, conta Isadora. A obra de estreia da menina, de 16 páginas, foi
ilustrada pela mãe e impressa em uma gráfica. “Ainda não tem título, mas será
um romance, um suspense policial sobre assassinato. Por isso não é infantil. É
para adultos”, avisa Isadora, que não parou de escrever nesses cinco anos, mas
não gostou dos resultados. Quem deu o empurrão para Isadora se animar a
escrever e entrar no filão dos suspenses foi a oficina literária do ex-editor
da Cepe, Wellington de Melo. “Gosto muito do romance policial e de terror
também”, diz a escritora precoce, que é fã de livros de Stephen King, como It
e O Iluminado.
Já Beatriz foi
incentivada pela avó a escrever e ilustrar O pônei encantado e a fadinha.
“Gosto muito de fadas”. Tímida como muitas crianças da sua idade, Bia se
expressa mais com a escrita e os desenhos, como conta sua avó, a psicóloga e
também escritora Honorina Carneiro. A história narra uma tempestade que cai em
cima dos dois e o pônei fica achando que a culpa do ocorrido é dele e expulsa
todas as nuvens. “É uma parábola com os pensamentos negros que chegam à nossa
mente, que nos fazem sentir culpa, e que precisamos expulsar porque nem todas
as causas externas não dependem de nós”, analisa Honorina.
Escritora de de livros
infantis e cordelista, a professora da rede estadual de ensino, Érica
Montenegro, conta como mediará a conversa. “A ideia é primeiro ouvir as
crianças, saber como elas se tornaram escritoras, o que ou quem as
influenciaram e por que elas começaram a escrever tão cedo”, explica a
educadora, que trabalha na formação de contadores de história e promove rodas
de leitura com alunos. “Também vou falar como os pais, instituições e
bibliotecas podem ajudar a valorizar a produção das crianças, ajudá-las a se
tornarem autoras, principalmente nesses tempos de acesso à tecnologia do
celular e Ipad, que diminuem a necessidade de ler e escrever. Porque as
crianças de hoje serão os escritores de amanhã”, reflete.
Serviço
Diálogos Aventuras literárias de crianças
escritoras
Quando: 1º de dezembro (domingo)
Onde: Academia Pernambucana de Letras (APL)
Horário: 11h
Endereço: Av. Rui Barbosa, 1596 - Graças
Entrada gratuita
Comentários
Postar um comentário