Cepe lança três títulos de Carnaval
História,
frevo e personagens do Reinado de Momo povoam a temática dos livros lançados
pela Cepe Editora
Com recortes diferentes de uma das festas populares
mais apaixonantes do ano, a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) lança três
importantes títulos para quem quer conhecer a história do Carnaval do Recife,
seus personagens e o frevo, ritmo que leva o nome de Pernambuco para o mundo
todo. O historiador Leonardo Dantas Silva assina Carnaval do Recife,
numa segunda edição caprichosamente ampliada, traz curiosidades sobre os
principais signos carnavalescos. Já o jornalista e pesquisador Carlos Eduardo
Amaral escreveu o perfil biográfico José Michiles: Recife, manhã de
sol. O segundo título de uma série criada pelo maestro Marcos FM, o
livro Arranjando Frevo-canção volta-se para a formação de
músicos e compositores, abordando aspectos sobre arranjo e orquestração.
A vida e obra de Jota Michiles que o jornalista e
pesquisador Carlos Eduardo Amaral se debruçou para escrever o 4º perfil
biográfico da coleção Frevo, memória viva, selo da Cepe
Editora, lançado neste mes tem como título a marcha de bloco Recife,
manhã de sol, composta pelo carnavalesco A canção tornou-se um marco
na vida do artista e na história do próprio frevo-canção. Foi com ela que o
músico, na época com apenas 23 anos, ganhou o concurso promovido pela Secretaria
de Educação da Prefeitura do Recife, em 1966, que ficou memorável pelas
circunstâncias.
Até então desconhecido, Jota Michiles desbancou 19
outros finalistas, entre eles nomes como Capiba (com A canção do
Recife, em parceria com Ariano Suassuna), Nelson Ferreira, Sebastião
Lopes e outras sumidades. Ganhou um vultoso prêmio e uma gravação em compacto
pela Rozenblit.
Em Carnaval do Recife, o historiador
pernambucano Leonardo Dantas Silva convida o leitor a um mergulho profundo no
emaranhado de confete, serpentina, purpurina, mela-mela, fantasia, frevo,
maracatu e multidão de rua. O pesquisador exibe as entranhas carnavalescas da
capital pernambucana.
Trata-se de uma segunda edição - a primeira é de
2000. Revisada e, segundo o autor, “muito ampliada, como dizia Gilberto
Freyre”, revela as mudanças da folia recifense de 1553 até 2018, em 428 páginas
- o dobro da primeira edição.
O terceiro título Arranjando frevo-canção preenche
uma lacuna histórica, sinalizando caminhos para os interessados em aprender a
escrever para orquestras de frevo. É uma contribuição importante para quem
compõe e faz música.
No prefácio assinado pelo Mestre, Doutor em Música
e professor do Conservatório Pernambucano de Música Climério de Oliveira
Santos, ele destaca a importância da iniciativa: “Desde que o frevo é frevo,
ninguém se atrevera a publicar um livro sobre arranjo e orquestração dessa
música – incrível realidade! Com o método Arranjando frevo de rua (Cepe,
2017), o baixista, maestro e compositor Marcos FM já tinha lançado a pedra
fundamental de uma nova fase do frevo. É o marco da etapa em que os adidos
dessa intrépida cultura musical começam a se sentir aliviados do receio de que
o frevo pudesse desaparecer por não terem às mãos escritos da sua
sistematização”, afirma no texto.
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