Poeta paranaense Luci Collin é a convidada da 1ª edição do “Palavração”
O público terá mais uma oportunidade de
discutir poesia como ela é e desta vez com a escritora paranaense
Luci Collin que é a próxima convidada do pernambucano Fernando Monteiro no
“Palavração”, a ser realizado na Biblioteca do Estado, nesta terça (19), a
partir das 15h30, em encontro aberto ao público. O projeto, que é
integrado à XI Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, traz uma nova
discussão do premiado escritor que é homenageado do grande evento literário com
a autora de “A Palavra Algo” (Iluminuras, 2016), sua mais recente publicação
que tem chamado a atenção da crítica por ser um livro ágil, variado e humorado.
“Com Luci Collin, o projeto vai apresentar uma poeta de obra consolidada,
mas cuja inquietação permanece viva em torno não só do lugar da Poesia nos dias
de hoje. Luci enfrenta os temas mais universais que correspondem à sua geração
(assim como as anteriores), enquanto vemos os poetas do agora às vezes muito
autocentrados etc”, destaca o escritor Fernando Monteiro, Monteiro
(premiado pela Funarte em 1987 com livro “Brennand”), que comanda este encontro
que ainda leva a curadoria do jornalista Schneider Carpeggiani.
Ficcionista, a poeta iniciou seus escritos
ainda muito jovem chamando assim a atenção de grandes nomes da literatura, como
Henfil e Paulo Leminski, que se encantaram com o admirável nível técnico da
jovem poeta face aos seus 19 anos. Agora, com 17 livros publicados, esta
escritora já ocupa uma célebre cadeira como imortal da Academia Paranaense
de Letras. Nada mal para esta filha de uma professora que se graduou no Curso
Superior de Piano/ Performance (Escola de Música e Belas Artes do Paraná, 1985)
e no Curso de Letras - Português/Inglês (Universidade Federal do Paraná, 1989),
e no Curso Superior de Percussão clássica (Escola de Música e Belas Artes do
Paraná, 1990).
Contudo, foi na poesia e mais especificamente
no seu primeiro projeto literário, “Estarrecer” (poesia), lançado em 1984 que
se encontrou e se realizou, recebendo críticas mais do que positivas e
consagrando cada vez mais o seu trabalho com grande destaque em obras como
“Trato de silêncios” (poesia, 2012, 7letras, Rio de Janeiro) e "Querer
Falar" (poesia, 2014, 7 letras, Rio de Janeiro), indicado ao Prêmio
Oceanos 2015. Essa incrível e pulsante trajetória da poetisa mostra que a
poesia tem o seu próprio lugar na literatura e que atrai a atenção do público
leitor jovem. “A Poesia está na base de todas as demais manifestações da
arte literária. Discuti-la e debater o seu ‘lugar’ hoje é enfatizar isso e
também corresponder a um interesse (muito grande) que ela suscita nas gerações
mais novas, que a praticam (frequentemente mal, reconheçamos) na internet, nas
redes sociais, nas ‘ferramentas’ que hoje existem para todos ou quase todos”,
destaca Fernando Monteiro que também é ficcionista, poeta, crítico de arte e
cineasta.
Nascido no Recife, em 1949, Monteiro vem se
destacando como um dos maiores expoentes da literatura nacional. Ele tem
mantido um conjunto expressivo na literatura com um olhar real da atualidade,
em uma trajetória literária marcada por diversos prêmios. Vencedor em 1975 do
Prêmio Othon Bezerra de Melo, da Academia Pernambucana de Letras, com peça
teatral em dois atos O Rei Póstumo, ainda se consagrou com outros trabalhos. E,
além de ser homenageado da décima primeira edição da Bienal Internacional do
Livro de Pernambuco, movimenta desde agosto esses bate-papos do “Palavração”
com nomes que fazem a poesia acontecer na atualidade.
SERVIÇO
Palavração - “O Ano das
Lágrimas da Chuva!” com Luci Collin
Quando: Terça, dia 19 de setembro, às 15h30.
Onde: Biblioteca Pública do Estado (Rua João
Lira, s/n, ao lado do Parque 13 de Maio, Santo Amaro)
Informações e
Transmissão ao vivo: https://www.facebook.com/BienalPernambuco/
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