Noise Viola lança A Canção do Mar do Silêncio
Foto: divulgação |
Grupo
instrumental lança segundo CD com show, quarta (24), no Teatro Hermilo.
Apresentação tem a participação especial de Guinga
O grupo Noise e Viola faz show hoje
(24), Às 20h, no Teatro Hermilo. Após dez anos na surdina, com um ou outro
show, e olhar mais voltado às carreiras e vida pessoal dos integrantes, o
segundo filho da banda ficou de molho aguardando o momento certo para ganhar os
palcos e o mundo. É chegada a hora e agora o público irá conhecer "A Canção do Mar do Silêncio", segundo
disco do Noise e Viola.
“Tocamos um bocado, fizemos o FIG,
lançamos CD, mas depois, por contingências pessoais de cada um, demos uma
parada, que nem era para ter durado tanto tempo”, explica Paulo Barros, citando
o disco homônimo lançado em 2003. “Esses dez anos trouxeram maturidade aos
integrantes. O disco já estava pronto, ficou esperando a gente. Acho que há
mais espaço para esse tipo de música agora. Estamos animados”, destaca Barros.
A proposta de apresentar um repertório instrumental com influências regionais foi mantida e ganha corpo neste disco, que tem a maioria das composições assinadas por Fred Andrade. São 12 faixas, sendo dez do guitarrista, uma de Paulo Barros (Valsa do Medo, gravada como solo de violão) e uma do violonista Guinga (Nó na Garganta).
“Acho que
o grande lance do Noise, que é também o que busco como compositor, é misturar a
simplicidade com o sofisticado. Misturar o brejeiro, o simples, que você vai
ouvindo e quase espera uma voz, quase vira canção, com um pouco de
impressionismo, que o grupo todo curte”, explica Fred Andrade. E daí também que
vem a música que dá nome ao trabalho: A Canção do Mar do Silêncio. “O título é bem a cara do Noise
Viola. É bem essa mistura, esse jeito de ir do simples ao mais refinado”,
salienta Fred.
Ouvindo o
disco, é possível identificar baião (Bateu
Assas e Voou/ Passo da
Siriema/ Catatônica),
frevo (Firuliruliru/ Alguém Anotou a Placa) e um leve
toque de maracatu e ciranda. Todas as faixas são instrumentais, com destaque
para o violão, a guitarra e a percussão.
Flautas,
clarinete, oboé, violoncelo, percussão erudita, tuba, teclado e acordeon, que
não compõem originalmente o grupo, estão presentes no CD, em arranjos também
assinados por Fred Andrade. A conexão entre o tradicional e o
contemporâneo está sempre presente. O retorno marca algumas mudanças. A principal é que Noise e Viola virou sexteto. Além de Fred Andrade (guitarra) e Paulo Barros (Violão), formam o grupo Cacá Barreto (baixo), Leonardo César (viola), Cacau (percussão) e Hugo Medeiros (perscussão).
Além da
participação especial de Guinga, marcaram presença na gravação a contadora de
histórias Carol Levy, que faz voz na faixa Casa das Bruxas, marcada por uma levada de bossa
nova; Beto Hortis, que toca seu acordeon na em A Canção do Mar do Silêncio, que dá
nome ao disco.
Guinga
virá ao Recife especialmente para o show. Além de Nó na Garganta, ele toca o fox Par Constante, de sua autoria e pinçada para o lançamento.
“Guinga adora fox. Tem um repertório repleto de valsas, toadas, choro e tem
uma diversidade sonora que reflete muito a salada de frutas que a gente
gosta: clarinete, flauta...”, comenta Paulo Barros.
Serviço:
Show de Noise Viola - Lançamento de
A Canção do Mar do Silêncio
Quarta-feira , 24 de maio, 20h
Teatro Hermilo Borba - Rua do Apolo,
121, Bairro do Recife.
Fone: 3355-3320).
Ingressos: R$ 40 e R$ 20.
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