Eva Wilma comemora 60 anos de carreira com o espetáculo Azul Resplendor
Foto:João Caldas |
A comédia de humor ácido reúne Eva Wilma com várias
gerações de atores num mesmo palco
Com 60
anos de carreira e 80 anos de vida a atriz Eva Wilma está comemorando as datas
em turnê nacional com o espetáculo Azul
Resplendor. Em Recife, a peça acontece neste sábado (2) e domingo (3),
às 21h, no Teatro RioMar. Escrita pelo
peruano Eduardo Adrianzén em 2005, o espetáculo é um retrato sem retoques de
ofício de ator. Apesar de situada na atualidade, a peça revela os bastidores de
todos os teatros em todos os tempos. O texto expõe com clareza e ironia os
jogos de poder, os afetos, as ambições, as inspirações, as vaidades, as
ilusões, as carências, as invenções, as manias e as frustrações dos atores
quando se juntam para ensaiar uma peça.
Azul Resplendor é uma comédia de humor ácido e a atriz Eva Wilma
está ao lado no palco com várias gerações de atores como Genézio de Barros,
Guilherme Weber, Luciana Borghi, Débora Veneziani e Felipe Guerra. A
montagem conta ainda com Renato Borghi e Elcio Nogueira Seixas, que dividem a
direção pela primeira vez nos mais de 20 anos de parceria no teatro. Não há
homenagem mais perfeita para uma atriz da envergadura de Eva Wilma que a
montagem de uma peça que celebra com inteligência o próprio fazer teatral.
Serviço:
Teatro Riomar (Shopping Riomar)
Av. República do Líbano - Pina
2 de agosto - 21h e 3 de agosto - 20h
Ingressos:Plateia baixa – R$120,00
Plateia alta – R$80,00
Balcão
nobre – R$60,00
Informações:
http://www.teatroriomarrecife.com.br
A
história - Para
desvelar os bastidores dos palcos, o dramaturgo se valeu de uma galeria de
personagens bem conhecidos no mundo do Teatro: a célebre atriz dramática
aposentada precocemente, o eterno coadjuvante recalcado, o diretor arrogante e
prepotente, a assistente de direção sem identidade e os atores jovens em busca
de fama e poder a qualquer preço. Eva Wilma interpreta a personagem Blanca
Estela uma grande dama do teatro afastada de seu ofício há mais de 30 anos.
Inesperadamente, ela recebe a visita de seu mais devotado fã – Tito Tápia (Genézio
de Barros), um ator sem nenhuma expressão que passou a maior parte de
sua vida cuidando da mãe doente e fazendo “pontas” no teatro e na televisão.
Apesar de
ter sido um dos maiores nomes do teatro, Blanca Estela alimenta um amargo
desprezo pelo mundo do teatro, o que motivou sua aposentadoria precoce. Mas,
por razões que só ficarão claras ao final da peça, a grande diva decide aceitar
a proposta de Tito, desde que a peça seja dirigida por um nome de peso. Tito
decide chamar o maior diretor teatral da atualidade: Antônio Balaguer
(Guilherme Weber). Considerado um gênio e cercado por uma equipe que o
idolatra, o badalado encenador promete surpreender o público montando “o
espetáculo da década”.
Encenação – Para o diretor Renato Borghi o
texto de Azul Resplendor transmite com graça e extrema aguzeza os
conflitos que se desenrolam no competitivo universo dos atores. Em uma época de
culto às celebridades, o espetáculo trata de maneira crítica e bem humorada o
ávido interesse que o público tem dedicado à vida privada dos artistas. A
encenação é totalmente focada no trabalho dos atores e sua interação com a luz.
O texto de Eduardo Adrianzén sugere que a cena nua é sustentada apenas pela
iluminação e objetos essenciais à ação.
Azul Resplendor também irá revelar ao público e aos artistas
brasileiros mais um exemplo da excelente dramaturgia produzida por nossos
vizinhos latino-americanos. O espetáculo foi um grande sucesso no Peru e seu
autor, Eduardo Adrianzén, é um dos dramaturgos contemporâneos de maior destaque
no mundo hispânico. Além de teatro, é também autor de telenovelas, o que lhe
oferece um panorama completo da vida dos atores profissionais.
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