Romero Ferro lança álbum pop intitulado 'Sangue e som'
Foto: Divulgação |
Romero Ferro é dono de um olhar tímido e
um sorriso delicado. Quando começa a dedilhar o violão e cantarolar alguns
versos, aí sim, mostra a que veio. Aos 22 anos, o cantor e compositor
pernambucano trilha os primeiros passos na carreira. Nesta quinta-feira (3), às
20h, lança o EP Sangue e som com show no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura,
no Shopping RioMar, Zona Sul do Recife.
Romero Ferro não tem família de músicos,
mas as referências dos pais o influenciaram muito. “Eles me colocavam para
dormir ouvindo música, e isso acabou de alguma forma grudando em mim. É como se
estivesse no meu sangue, pulsando junto comigo”. No rádio, tocava desde Beatles
a Zé Ramalho, passando por Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Elis Regina, Cazuza,
Rita Lee, Doces Bárbaros, Lulu Santos, Kid Abelha. Aos 12 anos veio o primeiro
violão e, desde então, Romero não parou de tocar e de compor. “Gosto de escrever
sobre o amor, mas também sobre a vida, os medos, a rua, as pessoas que vi, uma
cena inacabada”, diz o músico, que estuda canto popular no Conservatório
Pernambucano de Música.
O mini-álbum Sangue e som conta com
cinco músicas, sendo quatro delas composições próprias e uma regravação. A
primeira, que dá nome ao EP, é um pop daqueles dançantes, com refrão que gruda
fácil. “É uma música gostosa de dançar e de ouvir, tem uma letra bem
metafórica, cheia de jogo de palavras. O arranjo é bem experimental, tem
algumas programações, uma bateria pouco uniforme e um som de cordas bem
presente, que dão um caminho diferente à música”, explica Romero Ferro.
Video Clipe: http://www.youtube.com/watch?v=CANMqY7PWk0
A segunda, intitulada Ao fim, é curta e
direta; fala sobre como lidamos com perdas e ganhos, com as escolhas e suas
consequências. “Acho que essa música traz mais fortemente a influência da
poesia nas minhas canções. Tem um arranjo delicado, todo minucioso, violão
dedilhado e alguns instrumentos percussivos”, entrega o cantor, leitor e fã de
Mário Quintana, Clarice Lispector e Paulo Leminsk.
Video Clipe: http://www.youtube.com/watch?v=kZixPV689_c
Seguindo pelo EP, Lençóis e castiçais,
terceira música, tem um solo de sanfona; e conta a história de um presidiário,
que após ser pego pela policia, arquiteta uma maneira de fugir do xadrez. Para
isso ele induz a amada a ajudá-lo. Romero Ferro diz que “a música tem um pé no
country, e te traz uma sensação de Sertão. Sempre quis que ela fosse bem
visual, por isso usamos instrumentos característicos para compor um cenário
imagético e levar o ouvinte para dentro da história”.
Por fim, a última composição própria é
Arsenal – um brega que não deixa ninguém parado. A gravação tem a participação
de Zé Cafofinho, “Essa música foi uma surpresa para mim. É um brega,
completamente, do arranjo à letra. Fala de uma noite de sexo, que se tornou um
amor obsessivo, quase doentio. O arranjo conta com a presença de metais,
violões e programações bem distribuídas”, revela Ferro.
A última música do disco é a regravação
de Codinome beija-flor, de Cazuza. Romero, aliás, tem um projeto paralelo em
que interpreta só canções de Cazuza – e algumas músicas desse projeto estarão
no show, além de Monomania, de Clarice Falcão, de quem é primo.
O show da próxima quinta-feira terá as
participações especiais de Samuel Lira (que toca flauta transversa na música
Pra ver se a chuva vem), José Barbosa (cantando a música Rio Vermelho), As
fadas magrinhas (em Cores no papel) e Zé Cafofinho (em Arsenal).
Vídeo de Lançamento: http://www.youtube.com/watch?v=144nXIUW6ok
Serviço:
Lançamento do EP Sangue e som, de Romero
Ferro
Quando: Quinta-feira (3) de outubro, às
20h
Participações: Fadas Magrinhas, Zé
Cafofinho, Zé Barbosa e Samuel Lira.
Onde: Teatro Eva Herz, na Livraria
Cultura do Shopping RioMar
Quanto: Entrada gratuita
Informações: (81) 3256-7500
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