Expedito Baracho comemora 60 anos de MPB com show no Teatro de Santa Isabel
Expedito Baracho. Foto: Jorge Clésio |
Era
um garoto: tinha 13, 14 anos, quando começou a cantar no programa de calouros
da Rádio Clube de Pernambuco. Desde a primeira apresentação, ao vivo, sendo
julgado por um auditório, levou o primeiro prêmio. E foi assim por um mês
seguido, até que o patrocinador do programa pediu para que Expedito Baracho não
participasse mais da disputa. Perdia a graça, porque ele sempre ganhava. Aos 78
anos, o cantor – que nasceu em Jucurutu, no Rio Grande do Norte, mas veio para
Pernambuco quando criança – vai comemorar 60 anos de MPB com show no Teatro de
Santa Isabel, nesta quinta-feira (1 de agosto), às 20h. Os ingressos custam R$
40 e R$ 20 (meia-entrada).
No
palco, Expedito Baracho vai receber alguns convidados, todos amigos de longa
data: Claudionor Germano (que também faz a coordenação artística do show), Nonô
Germano, Onilda Figueiredo, Fátima de Castro, Racine, Ravel, Walmir Chagas,
Roberto Nogueira, Bráulio de Castro e o filho Zé Baracho, acompanhados pela
Orquestra do Maestro Ademir Araújo e da banda de Beto do Bandolim.
Expedito
Baracho ficou conhecido pelos frevos e pelo amor à música romântica, mas sempre
tocou de tudo no que diz respeito à MPB – xote, bolero, samba-canção.
Obrigatoriedade para quem cantou na noite paulista por vários anos. Mas, antes
disso, seguindo a história, depois da disputa de calouros na Rádio Clube,
Baracho começou a participar de um programa com jovens talentos, no domingo à
noite. Todos eram acompanhados pela Jazz Band Acadêmica. Foi aí que veio o
convite para compor o grupo, criado por Capiba. “Foi o maestro Guedes Peixoto
quem me chamou para o teste. Digo até hoje que ele é o culpado de tudo! Ele
mandou que eu cantasse uma música e, no meio, disse para eu parar, que não
precisava mais, eu já estava na banda”, relembra.
Ao
mesmo tempo, depois da Rádio Clube, Expedito foi para a Rádio Jornal do
Commercio, onde assinou o primeiro contrato em 1954. Vem dessa época a amizade
com Claudionor Germano, que segue firme até hoje. “Todo Carnaval, Capiba fazia
pelo menos duas músicas: uma para mim e outra para Claudionor. Gravei muito
Capiba e, com um detalhe, todas eram composições inéditas”, conta. Da Rádio
Jornal, foi para a TV Bandeirantes, ainda no Recife, e depois para a TV
Bandeirantes em São Paulo. A partir daí, veio a experiência nos bares que
marcaram época e fizeram história nas décadas de 1960 e início de 1970, como O
jogral, do compositor falecido Luís Carlos Paraná. “Nessa época, nomes como
Simonal, Gilberto Gil e Elis Regina me viram tocar. Simonal até me chamou e ao
cantor Emílio Escobar para participar do programa dele na Record, mas nós nem
fomos!”, comenta. Nessa época da TV Bandeirantes, até humor Expedito Baracho
experimentou, ao lado de Ari Toledo.
Na
longa carreira, perdeu o número de quantos foram os discos e as gravações. No
show de 60 anos de MPB, deve revisitar compositores como Capiba (A mesma rosa
amarela, Resto de saudade), Ataulfo Alves (Errei erramos), Nelson Ferreira e
Aldemar Paiva (Pernambuco você é meu). A coordenação artística do show é de
Claudionor Germano; a direção de Romildo Moreira; e a produção geral leva a
assinatura de Paulo de Castro.
Serviço:
Expedito
Baracho – 60 anos de MPB
Quando:
Quinta-feira (1 de agosto), às 20h
Onde:
Teatro de Santa Isabel
Quanto:
R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada)
Informações:
(81) 3082-2830
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