Luz, câmera e projeção!

Foto: Joás Benedito
Por Joás Benedito

É quase um “clichê” reverenciar apenas os trabalhos dos diretores, atores, autores e organizadores. Não que os longos dias para a criação de um tema, nome adequado para o evento ou filme, toda a produção ou até mesmo a trabalheira que dá para produzir e realizar um áudio visual, seja ele, curta-metragem, documentário ou até mesmo um longa, passem despercebidos sem suas devidas importâncias. Mas, o que seriam desses festivais sem ajuda da equipe de projeção? Pode até parecer um trabalho fácil, mas não é. Quem explica isso é José Luis de Almeida, 48 anos de experiência na área e chefe de projeção desde a 1ª edição do Cine PE e Narcisio Rodrigues, também projecionista e responsável pela operação do projetor desde a 3ª edição do festival.

José Luis - Projecionista
Segundo José, mesmo conhecendo o local como a palma da mão, é necessário checagens em todo o espaço, desde a distância da tela ao enquadramento da luz e do som. “Sempre haverá algo no local que teve algum tipo de mudança por isso é sempre bom dar uma geral”, afirma. Ele ainda explica que uma das maiores dificuldades foi a de exibir filmes em um espaço apropriado para shows e peças teatrais. “No começo, tínhamos que calcular a distância da tela, imagem e som. Mas com o passar do tempo nos aprimoramos, até porque transformar um espaço que é apropriado para teatro em cinema, não é fácil”, explica.

Narcisio Rodrigues

Já Narcisio Rodrigues, tem uma ligação com a projeção desde os 12 anos de idade, influenciado pelo irmão e ao ganhar do pai um projetor de 16 milímetros. Ele ainda lembra que uma das maiores dificuldades foi devido ao tempo climático na edição anterior do Cine PE. “Por causa da chuva, além da sala ficar toda úmida, alguns filmes grudaram na lente de projeção, a sorte é que soubemos amenizar a situação”, relata.
Diariamente há desafios em qualquer tipo de profissão. Vale ressaltar que cada função por mais simples que pareça, será de fato, importante.

Foto: Divulgação
Foram muitas as expectativas na segunda noite da 16ª edição do Cine PE. Desde a chegada do ator Ney Latorraca, homenageado da noite, até a exibição do tão esperado longa Paraísos Artificiais dirigido por Marcos Prado e produzido por José Padilha, o mesmo de Tropa de Elite. Algumas cenas foram filmadas na praia do Paiva que contou com a participação de centenas de figurantes pernambucanos que não perderam a chance de comparecer no festival, dando aquela conferida "será que vou aparecer?".

Para mais informações, acessem: www.cine-pe.com.br
  



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