Orgulho de ser MULHER
Por: Erika Fraga e Jaciana Sobrinho |
Hoje, dia 8 de março, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher,
é também uma data para reavivar a memória das conquistas e reafirmar a luta
pela igualdade de gênero. Soa redundante, no entanto, é necessário repetir que
além de ter o direito de votar e trabalhar fora de casa, as mulheres precisam
da liberdade ir e vir, são capazes de executar, com louvor, as funções mais
importantes de qualquer instituição e, principalmente, que não são propriedade
de ninguém.
Passaram-se longos anos de absurdos e preconceitos contra o gênero
feminino até que graças à coragem de nomes como Nísia Floresta, considerada a
primeira feminista do Brasil, Edwiges Sá Pereira (primeira mulher a ingressar
na Academia Pernambucana de Letras) e Martha de Holanda (primeira pernambucana
a obter o título de eleitor), foi possível galgar os primeiros passos da
caminhada em busca de libertação da condição de repressão e submissão imposta a
todas as mulheres, sem distinção de cor ou classe social.
A luta, que tem caráter político e cultural, tem conquistado algumas
vitórias decisivas para a mudança de cenário: como o crescente destaque das
mulheres em profissões que antes eram ocupadas somente pelos homens, como
pedreiras, motoristas de ônibus, líderes de grandes empresas e até mesmo a
presidente do país. Na política, por exemplo, tivemos como primeira
deputada estadual de Pernambuco a comunista Adalgisa Cavalcante, na assembleia
ela lutou para defender os direitos das mulheres.
Durante o seu mandato conseguiu a aprovação do abono familiar às mães
que prestavam serviço público. O ingresso cada vez maior das mulheres na vida
pública não é reflexo apenas de concessão imposta por cota eleitoral de gênero,
esse número representa a reafirmação da valorização e da qualificação
feminina. Entre as mulheres mais influentes do Brasil temos a ex-deputada
Ana Arraes, quem em 2011 tornou-se a primeira ministra do Tribunal de Contas da
União.
O aumento de empreendedoras, em especial no Estado, prova toda ousadia e
qualificação dessa classe. O mercaro das agências de publicidade e assessoria,
por exemplo, que durante muito tempo era dominado por homens como Celso
Loducca, Marcello Serpa e Ítalo Bianchi, hoje abre espaço também para mulheres.
Um dos destaques é a empresária Carla Bensoussan, que comanda a Mead Assessoria
e a agência Dreams.
Entretanto, ainda temos um longo caminho a percorrer, principalmente no
que diz respeito à violência contra a mulher, que ainda é uma realidade
presente em todas as classes sociais. Graças à lei nº 11.340/06, intitulada
Maria da Penha, o panorama da violência diminuiu, mas devemos lembrar que é dever
de todos contribuírem para a eficiência das leis. Os grupos comunitários de
enfrentamento a violência tem um papel muito importante nessa luta, um dos
destaques é o Grupo de Mulheres Cidadania Feminina, do Córrego do Euclides. Ele
trabalha com mulheres e jovens em situação de violência doméstica e de
exploração sexual. Um dos seus projetos é o Apitaço que objetiva fortalecer as
mulheres para uma ação coletiva nesse enfrentamento, tendo o apito como
instrumento de alerta e de denuncia da violência.
Parabéns Mulheres!
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