Som da Terra: Adriano do 'Acordeon'
Adriano do 'Acordeon'. Fotos: Ana Petry |
Por Gianfrancesco Mello
Natural da cidade do Cabo de Santo
Agostinho, Adriano José da Silva, mais conhecido como Adriano do 'Acordeon',
começou a sua carreira musical aos 17 anos por influência do amigo paraibano
José Braz Dantas. Na ocasião, ele começou a acompanhar alguns shows e, logo
depois, iniciou seus estudos do instrumento com Mestre Camarão, em Areias.
“Foi a partir desse momento que comecei
a acompanhar artistas como Jorge de Altinho, Geraldo Azevedo, Arlindo dos 8
Baixos, Ronaldo Aboiador e Santanna. Depois de colher um pouco de experiência
desses excelentes cantores, fui em busca da minha carreira solo. Eu também
canto, mas tenho uma preferência especial pela música instrumental”, frisa Adriano
do Acordeon.
Quando iniciou a carreira solo, o
instrumentista buscou participar de festivais que projetassem sua carreira e
mostrassem, cada vez mais, sua veia artística. “O primeiro de que participei
foi o Festival de Sanfoneiros de Limoeiro do Norte, que é realizado no Ceará.
Lá, fiquei em sexto lugar. Isso serviu demais como experiência pra mim”,
pontua.
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Depois de alguns outros concursos, o
jovem artista conquistou a terceira colocação no 6º Festival Internacional
Roland de Acordeon, realizado em São Paulo no último mês de setembro. “Na
realidade, é a segunda vez que participo desse festival. A primeira vez foi na
quarta edição e não fui selecionado. No quinto ano do evento, preferi ficar me
preparando um pouco mais. Com isso, fiz minha inscrição desse ano mais
confiante, pois já conhecia a metodologia do festival.”
O representante
pernambucano disputou o título de melhor acordeonista do Brasil com o
catarinense Rafael Petry (primeiro colocado) e o cearense Nonato Lima (segundo
colocado). O campeão dessa etapa nacional disputa a fase internacional, que é
realizada em Roma, na Itália. “O meu maior desejo atualmente é participar do
Festival Internacional por ser uma espécie de Copa do Mundo do Acordeom”,
explica.
Influenciado por artistas como Mestre
Camarão, Genaro, Sivuca e Arlindo dos 8 Baixos, o jovem cantor espera adquirir
ainda mais conhecimento, pois, na opinião dele, não é fácil pegar um
instrumento e sair tocando. “Tem que estudar e muito. Já estudei em escolas de
música como o Conservatório Pernambuco de Música, mas não sou formado, porque a
idade não permite”, completa.
Com treze anos de carreira, no momento,
o acordeonista pretende se dedicar ao seu trabalho solo e também aos
preparativos da gravação do seu primeiro CD. “Tenho projetos que envolvem
apenas a parte instrumental do acordeom. Também quero gravar um CD quando eu
perceber que tenho músicas de qualidade e diferenciadas para expor ao público.
Isso porque não adianta gravar qualquer coisa.”
Contatos:
9929-9561 / 8636-0135
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