17º Festival Internacional de Dança do Recife
As canções que você dançou pra mim, da Focus Cia de Dança (RJ). Foto: Cintia Pimentel |
Serão mais de duzentos artistas, vindos das cinco regiões brasileiras e de países como Espanha, França, Holanda e Portugal. Durante os nove dias, os principais teatros do Recife - Hermilo Borba Filho, Apolo, Teatro de Santa Isabel, Luiz Mendonça, Arraial, Barreto Junior, além dos Parques Dona Lindu e Jaqueira – receberão mais de 40 espetáculos.
Além das apresentações abertas ao público, o Festival também oferece oficinas gratuitas de dança, como parte da programação do FIDR Educativo. Essas ações especiais vão acontecer nas seis RPA’s (Regiões Político-Administrativas), e serão ministradas por educadores brasileiros e estrangeiros. Além da Plataforma Novos Criadores, um espaço aberto aos novos coreógrafos, estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), para seminário, palestras, discussões e lançamento de livros durante o evento. A programação completa pode ser conferida no site: www.festivaldancarecife.com.
• Coordenação e Curadoria
Pelo sétimo ano, a coordenação do Festival está sob a responsabilidade de Arnaldo Siqueira, que também já fez parte da curadoria do evento por dois anos. Esta é a segunda edição consecutiva que a coreógrafa e professora paulista, Marta César, que atualmente reside em Florianópolis, foi convidada para ser a curadora do evento. A pesquisadora de Dança Contemporânea que também dirige o Múltipla Dança - Festival Internacional de Dança Contemporânea - tem uma relação afetiva com o Recife, inclusive porque já foi avaliadora em outros festivais.
• Homenagem
Maria Paula Costa Rêgo
Maria Paula Costa Rêgo
Nascida na capital pernambucana, desde os oito anos de idade, Maria Paula Costa Rêgo já fazia aulas de balé no que diz respeito à expressão corporal. Em sua adolescência, continuou a desenvolver a arte da dança. Parou a prática aos 16 anos e retornou aos 18 como coreógrafa de um grupo amador do Colégio Contato. Foi a partir desta época que Maria Paula conheceu o escritor Ariano Suassuna, além do seu universo Armorial.
“Vi uma matéria no jornal sobre o Balé Popular do Recife e percebi que o criador tinha sido Ariano Suassuna. Cheguei até ele e comentei: Ariano, você criou uma companhia de dança. Que coisa boa. Ele percebeu o meu entusiasmo e me levou até a casa de André Madureira. Foi neste momento que comecei a ser estagiária do Balé Popular do Recife e, consecutivamente, tornei-me bailarina”, pontua a homenageada do 17º Festival Internacional de Dança do Recife.
No Balé Popular do Recife, Maria Paula passou sete anos. Depois disso, já formada em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ficou um ano se especializando em dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). “Nessa época, eu já estava com um pé na França para fazer mais uma licenciatura. Passei onze anos na Europa e fiz parte de três companhias”, comenta.
Em 1997, ainda na França, Ariano Suassuna convidou Maria Paula para ajudá-lo a criar o Grupo Grial. Sendo assim, com o Grupo Grial formado, a bailarina continuou seu destaque por dar continuidade à proposta de Ariano Suassuna de desenvolver uma dança Armorial, que uniria em uma só linguagem elementos da cultura popular brasileira e da cultura erudita. “Eu fiquei dividida entre o Brasil e França até o ano 2000”, explica. Com o retorno definitivo da coreógrafa ao Brasil, o Grupo Grial consolida até os dias de hoje uma trajetória de constante produção e circulação de espetáculos em Pernambuco, outros estados do País e até no exterior.
Sendo assim, formada em Dança pela Universidade da Sorbonne (Paris), ex-bailarina do Balé Popular de Recife e da Cia de Dança Les Passagers (Paris), desde a década de 1980, Maria Paula já constitui uma referência na cidade pela atuação na área da dança e por isso, é a nossa homenageada do 17º Festival Internacional de Dança do Recife.
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