Era uma vez eu, Verônica é selecionado para o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

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O longa de ficção Era uma vez eu, Verônica, do diretor Marcelo Gomes (Cinema, Aspirinas e Urubus e Viajo porque preciso, volto porque te amo), acaba de ser selecionado para a mostra competitiva que integra a 45ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

O filme é o terceiro trabalho de Marcelo, que escolheu Recife, sua cidade natal, como cenário para contar a história de uma jovem de 24 anos, Verônica, que vive um momento de transição. Aquela fase comum a todos os jovens quando deixam de ser estudantes, com uma vida ainda infantil e protegida, e se deparam com os dilemas profissionais e reais.

Para tratar desta temática, o diretor realizou entrevistas para chegar ao tom – quase - documental que tanto o fascina. “Fiz entrevistas que mais parecia sessão de psicanálise. Senti que era preciso entrar na mente deles para ter segurança no que estava escrevendo”, conta Marcelo. Apesar dos subsídios para a construção do roteiro ficcional a película segue a tendência do cinema contemporâneo de valorizar cada vez mais a verossimilhança com o real.


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Além de tratar de temas abrangentes e universais, como a tomada de decisão, o autoconhecimento e o sentido da família, da amizade e do amor.
E é nesse rito de passagem, de amadurecimento que Era uma vez eu, Verônica revela os desejos mais íntimos e retrata as fragilidades, a delícia e a dor de ser um jovem brasileiro. “Esse é um filme que eu gostaria de ter visto na minha juventude”, afirma o diretor.

Para o produtor João Vieira Jr. existe uma lacuna sobre esta faixa etária nos filmes atuais brasileiros.  “As pessoas não estão acostumadas a ver este universo jovem nas telas de cinema. Por isso o que está sendo produzido é um retrato poético e fiel destes jovens. Mas que de certa forma já vejo uma identificação de todas as idades com o filme”, afirma o produtor.

Era uma vez eu, Verônica pode ser definido como uma obra existencialista tropical. Repleto de cor, poesia e sensibilidade. Um filme que mescla a intensidade existencialista de filmes como Mônica e o Desejo, de Ingmar Bergman, com o frescor tropical, latino, libidinoso, uma libido à beira do mar, como em Albergue Espanhol, de Cédric Klapisch.

Com patrocínio do BNDES, do Governo do Estado de Pernambuco, da Petrobras, e do Grupo Neoenergia, Era uma vez eu, Verônica tem produção da REC Produtores, em parceria com a Dezenove Som e Imagens.

Era uma vez eu, Verônica
Brasil, cor, 90 minutos, 2012.
Escrito e dirigido por Marcelo Gomes.

SINOPSE
Este filme revela as reflexões de Verônica, uma estudante de medicina recém-formada, passando por um momento de incertezas. Ela questiona não só suas escolhas profissionais, como suas relações mais íntimas e até mesmo sua capacidade de lidar com a vida.

ELENCO
Hermila Guedes – Verônica
João Miguel – Gustavo
W. J. Solha – José Maria
Renata Roberta – Maria
Inaê Veríssimo – Ciça

FICHA TÉCNICA
Roteiro e Direção: Marcelo Gomes
Produtores: João Vieira Jr. e Sara Silveira
Diretor de Fotografia: Mauro Pinheiro Jr., ABC
Diretor de Arte: Marcos Pedroso
Montagem: Karen Harley
Produção Executiva: Nara Aragão

SOBRE O DIRETOR
Marcelo Gomes teve o primeiro contato com o cinema através de um cine-clube fundado por ele na sua terra natal, Recife. Mais tarde, se formou em Film Studies na Bristol University e dirigiu uma série de curtas-metragens e documentários premiados em festivais nacionais e internacionais. Seu primeiro longa metragem, Cinema, Aspirina e Urubus, recebeu o Prêmio do Ministério da Educação da França, na Mostra Un Certain Regard-Cannes 2005, além de mais de 50 outros prêmios. Viajo porque preciso, volto porque te amo, seu segundo longa-metragem, co-dirigido com Karim Aïnouz, repetiu a mesma trajetória premiada colecionando prêmios em todo mundo.

FILMOGRAFIA
- ERA UMA VEZ EU, VERÔNICA – Em lançamento.
Longa-metragem, ficção, cor, 91 min, 35 mm
- VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO - 2009
Longa-metragem, ficção, cor, 78 min, Vídeo.
- CINEMA, ASPIRINA E URUBUS - 2005

Longa-metragem, ficção, cor, 100 min, 35 mm.
- SERTÃO DE ACRÍLICO AZUL PISCINA - 2004
Curta-metragem, documentário, cor. 26 min. Vídeo.
- AH! SE A VIDA FOSSE SEMPRE ASSIM – 2004
Vídeo-instalação, Cor. Vídeo.
- CLANDESTINA FELICIDADE -1998
Curta-metragem, ficção, P & B, 17 min. 35 mm.
- PUNK, ROCK, HARD-CORE - ALTO JOSÉ DO PINHO -1996
Curta-metragem, documentário, cor, 15min. Vídeo.
- MARACATU, MARACATUS - 1994
Curta-metragem, cor, 15 min. 35 mm.
- A PERNA CABILUDA- 1994
Curta-metragem, documentário, cor, 17min. Vídeo.
- SAMYDARSH: OS ARTISTAS DA RUA - 1993
Curta-metragem, documentário, cor, 10min. Vídeo

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