Luciana Félix

Fotos: Daniela Nader


         À frente da Fundação de Cultura Cidade do Recife desde 2009, a gestora pública Luciana Félix é uma entusiasta das manifestações artísticas que caracterizam a cultura pernambucana desde a infância em Casa Amarela. Criada sob os preceitos do Movimento de Cultura Popular (MCP), ela trouxe para a gestão do prefeito João da Costa a determinação em consolidar o Recife como a capital multicultural do Brasil. Assim, ao lado do secretário de Cultura Renato L, Luciana trabalha diariamente para dar continuidade a uma política pública de cultura que é referência nacional.
       Virada Multicultural do Recife – Conexão Nordeste. “Nessa primeira edição, a Prefeitura do Recife promove um grande festival de artes com todas as linguagens presentes de forma equânime, espalhadas pela cidade em vários eventos gratuitos. Esse convite para que cada recifense experimente a cidade em toda a sua pluralidade é imperdível”, pontua a jovem presidente da Fundação de Cultura.
  Nada mais natural, pois, do que vê-la engajada no projeto da
        
O que caracteriza essa primeira Virada Multicultural do Recife?
A Virada Multicultural do Recife surge como a tradução de uma política pública que o Recife implementou há 11 anos. Hoje, temos um plano municipal de cultura, transformado em lei em 2009, que é fruto do trabalho da Prefeitura do Recife e de um democrático e paritário Conselho Municipal de Política Cultural. Na Virada, seguimos as diretrizes que demarcam a gestão do prefeito João da Costa: a democratização do acesso aos bens culturais, o desenvolvimento da cadeia produtiva da cultura, o convite à participação popular, o investimento na formação de público e a inclusão social.

De que maneira a cidade se relaciona com a Virada?
Além de um sinal do reconhecimento da gestão aos nossos artistas e às nossas manifestações culturais, e também da oportunidade de abrir os equipamentos culturais do município para que mais e mais pessoas tenham acesso, a Virada é uma imensa celebração dos espaços urbanos. Queremos que as pessoas saiam de casa para ver shows que, se não fosse por essa iniciativa da gestão municipal, elas não poderiam ver. É o caso do Buena Vista Social Club, que vem de Cuba para dar um molho a essa conexão com o Nordeste. E que vejam não apenas shows, mas também as mostras de fotografia nas ruas, os desfiles de moda nas avenidas do Bairro do Recife e a programação no Sítio Trindade e no Ibura.

E como se estrutura a conexão Nordeste?
Partimos do Recife, e da força, da criatividade e da diversidade da nossa cultura, para fazer uma ponte com todos os outros estados nordestinos. Pedimos aos nossos gerentes das linguagens e dos equipamentos da Secretaria e da Fundação de Cultura que pesquisassem a produção contemporânea dos nossos vizinhos. A programação reflete essa busca pela pluralidade nos segmentos, pelo que está sendo feito nos outros estados. No cinema, por exemplo, vamos ter mais de 200 exibições, com muitos filmes pernambucanos recentes e outros trabalhos inéditos. Ou seja, a Virada servirá como uma janela para filmes que talvez passassem aqui.

Nesse mesmo fim de semana, o Recife terá vários eventos que movimentarão muito público, a exemplo do Festival de Circo do Brasil e do No Ar – Coquetel Molotov. Como a Virada interage com eles?
A Virada lida com esses eventos da mesma maneira com que a Prefeitura do Recife se relaciona com todas as ações culturais privadas que se realizam na cidade: com diálogo e buscando uma convergência para potencializar as opções que a nossa cidade oferece a seus moradores e aos turistas também. Vamos incorporar a programação integral do Festival de Circo à Virada. Os espetáculos que iriam acontecer nos teatros municipais, como o Santa Isabel ou o Luiz Mendonça, terão acesso livre, com ingressos disponíveis 1h antes na bilheteria. Também vamos fazer promoções para os internautas. No caso do Coquetel Molotov, a Prefeitura mantém o apoio que dá desde 2009 e, como patrocinadora do festival, contribui para que os ingressos tenham preços acessíveis.

Fotos: Daniela Nader


Dentro de uma programação tão extensa, o que seria possível destacar para um turista que nunca veio ao Recife?
Tudo! A partir da própria abertura na sexta, 14, o cortejo que celebra todas as nossas agremiações tradicionais, que são o esteio da nossa cultura, passando pelo encontro do Buena Vista Social Club com o Marco Zero, pelas sessões de cinema no Parque 13 de Maio e no Ibura, pela moda que a praia de Boa Viagem vai receber até culminar com os espetáculos nos nossos teatros municipais. Todos nós que fazemos a Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura Cidade do Recife estamos muito felizes com a Virada Multicultural e com uma programação que recepciona todos os ritmos e segmentos artísticos. É como diz nosso mote: em 48h, o Recife é mais cultura na veia.

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